Capão da Canoa foi uma das cidades onde a Polícia Federal (PF) cumpriu ordens judiciais da Operação Geminus, realizada no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Mato Grosso Sul. Nos três estados, estão sendo cumpridos, nesta terça-feira (07), 11 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, a partir de investigação de um esquema de tráfico internacional de drogas.
No município do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, os policiais federeis prenderam um homem preventivamente. Eles também realizaram buscas na residência de alto padrão. Foram apreendidos notebooks, HDs, telefone celular e munições calibre .380 e 38, além de dois veículos.
A casa de luxo em Capão da Canoa é um dos 52 imóveis alvos de sequestro judicial durante a operação. A localização da residência não foi informada.
Ao todo, também houve o sequestro de 70 veículos, entre automóveis, moto aquáticas, caminhões, carretas e tratores entre automóveis, motos aquáticas, caminhões, carretas e tratores e o bloqueio de valores em contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas envolvidas. A PF estima que os bens valham cerca de R$ 50 milhões.
Operação Geminus
A Operação Geminus teve como objetivo desarticular uma organização criminosa dedicada ao transporte de cocaína do Mato Grosso do Sul para o Rio Grande do Sul.
A investigação, iniciada em agosto de 2019, apurou que o grupo, comandada por núcleo familiar estabelecido nos municípios de Deodápolis (MS) e Viamão (RS), utilizava o agronegócio e outras atividades econômicas formais como fachada para ocultar os valores obtidos com o tráfico internacional de drogas, principalmente de cocaína.
O organização transportava a droga oculta em caminhões, a partir da fronteira, no Mato Grosso do Sul, para uma propriedade rural no município de Viamão (RS), de onde era distribuída para traficantes locais do Rio Grande do Sul, principalmente das regiões de Porto Alegre e Vale dos Sinos. De acordo com a PF, o esquema movimentou 5 toneladas de cocaína em um ano.
Os valores obtidos com o tráfico de drogas eram inseridos na economia formal através de simulação de prestação de serviço de transporte, declaração de produção de grãos inexistente, atividade pecuária na região de Deodápolis, empresa de locação de máquinas e equipamentos para a construção e outras aquisições de bens móveis e imóveis em nome de terceiros.
A operação foi denominada Geminus, pois dois integrantes do alto escalão da organização investigada são irmãos gêmeos idênticos, sendo que um deles gerencia os negócios ilícitos no Rio Grande do Sul e o outro no Mato Grosso do Sul.
Os crimes investigados na Operação Geminus são tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Informações: Litoral na Rede