Em reunião do Conselho Superior da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), nesta terça-feira, dia 24, foram definidos os novos valores das tarifas do pedágio de Rincão do Cascalho, em Portão, que passam a vigorar a partir de 1º de fevereiro, quarta-feira da próxima semana. Nesta data a gestão do pedágio e as rodovias do bloco 3, que incluem a ERS 122, RS 240 e RSC 287, que cortam o Vale do Caí, que até o momento são mantidas pela EGR, com a concessão passam a ser geridas pela Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), vencedor do leilão realizado no ano passado. E o aumento nas tarifas será bastante expressivo, na ordem de 83%. Para automóveis, por exemplo, a tarifa passa de R$ 6,50 para 11,90.
Inicialmente foi informado que a tarifa seria de R$ 9,82 para o pedágio previsto para o quilômetro 4 da ERS 122, no bairro Areião, em São Sebastião do Caí. E de 7,28 no quilômetro 30 da RS 240 na localidade de Paquete, em Capela de Santana, junto à divisa com Montenegro. As duas novas praças devem passar a funcionar em cerca de um ano, quando será desativado o pedágio do Portão. O reajuste foi baseado na atualização do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A CSG deverá administrar e explorar as rodovias por trinta anos, prometendo um investimento de até 3,4 bilhões de reais.
Como ainda está em fase de transição do Estado para a iniciativa privada, neste ano a praça deve continuar em Portão, mas com a tarifa já bem elevada. O reajuste para R$ 11,90 se deve ao aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É um valor aproximado, dependendo da atualização. Já ônibus, caminhão leve e furgão paga R$ 23,80. Automóvel e caminhonete com semirreboque (3 eixos) paga R$ 17,90. Caminhão com semirreboque e ônibus (3 eixos) será R$ 35,70, Caminhão com reboque ou semirreboque de 4 eixos será R$ 47,60, 5 eixos R$ 59,50 e 6 eixos R$ 71,40. Motos, triciclos, motonetas e bicicletas-motorizadas será 6 reais. Veículos oficiais, de ambulâncias e bombeiros estão isentos.
Os prefeitos do Caí, Júlio Campani, e da Capela, Alfredo Machado, vem lutando contra a instalação dos novos pedágios em seus municípios, argumentando que vão gerar grandes prejuízos. Campani teve nova reunião com representantes do Governo do Estado na semana passada, quando recebeu a promessa de que seria estudada a possibilidade de isenção para os veículos emplacados no Caí. Mas ainda não ocorreu o anúncio desta medida. O prefeito caiense deixou claro que, se não houver isenção ou mudança no local previsto para o pedágio, irá recorrer para a Justiça e incrementar desvios.
Além do aumento na tarifa cabe lembrar que, quando as novas praças tiverem em funcionamento terá cobrança nos dois sentidos. Moradores de Portão, que tem atualmente isenção, devem perder o benefício a partir de 1º de fevereiro. Por isso o prefeito Delmar Hoff, o Kiko, disse que, caso a isenção não seja mantida vai asfaltar o trecho de desvio do pedágio.
A única promessa da concessionária é de oferecer descontos entre 5% e 20% nas tarifas dos usuários mais freqüentes. Neste caso os motoristas deverão ter um tag em seus veículos. Para receber o desconto máximo de 20% o condutor terá de passar pelo menos vinte vezes ao mês na praça.