Foto: Reprodução
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O papa Leão XIV celebrou, pela primeira vez, os ritos de Natal na noite de quarta-feira (24). Em sua homilia, o pontífice reforçou um pedido por paz, feito diante de um cenário global complexo, com conflitos como os do Sudão, Ucrânia e Gaza.

Mensagem antecipada para o Dia Mundial da Paz

Previamente, já havia sido divulgada a mensagem do papa para o 1º de Janeiro. Nela, Leão XIV defendeu uma paz “desarmada e desarmante” e incentivou uma cultura de paz na vida pública e doméstica. Além disso, ele condenou a corrida armamentista e os gastos militares crescentes, associados a discursos de ameaça.

Crítica ao uso bélico da Inteligência Artificial

Um dos pontos mais contundentes foi a condenação ao uso militar da inteligência artificial. Segundo o papa, essa tecnologia “radicalizou a tragédia nos conflitos armados” e promove uma “espiral de destruição sem precedentes”. Por exemplo, ele citou o uso pioneiro de drones guiados por IA em Gaza. Principalmente, alertou para o risco de desresponsabilização de líderes ao delegar decisões letais às máquinas.

Chamado ao diálogo e à confiança mútua

Em seu sermão, Leão XIV buscou incentivar as nações a se apoiarem no diálogo. Para isso, pediu que cada comunidade se tornasse uma “casa de paz”. Dessa forma, a hostilidade seria neutralizada e a justiça, praticada. Em resumo, sua mensagem foi um apelo para mostrar que a paz não é uma utopia.

Líderes religiosos no Brasil avaliam o apelo

A mensagem papal foi analisada por representantes de outras crenças no Brasil. Inicialmente, o pastor batista Marco Davi de Oliveira elogiou a reflexão profunda. Da mesma forma, o pastor e cantor Kleber Lucas viu uma continuidade com o legado do papa Francisco.

Por outro lado, o babalaô Ivanir dos Santos, representante das religiões de matriz afro-brasileira, fez uma cobrança. Embora concordasse com a direção do apelo, ele criticou autoridades cristãs que, na prática, agem de modo contrário. Portanto, defendeu que a mensagem se transforme em gestos concretos.

Conclusão do primeiro Natal como pontífice

Ao final de sua primeira celebração natalina, o papa Leão XIV consolidou um chamado global à conciliação. Consequentemente, sua liderança iniciou o ano enfatizando a construção de uma cultura de paz como urgência máxima para o mundo.