Justiça

Pais e amigos lembram um ano da morte de professor assassinado em Caxias do Sul

Fotos: Mauro Teixeira/Leouve
Fotos: Mauro Teixeira/Leouve

Os pais do professor Vinícius Ferreira da Silva Gatelli, de 25 anos, assassinado a tiros há exato um ano, tiveram neste domingo (03) a difícil tarefa de ir até o local onde o filho foi encontrado morto, para relembrar a data marcante na história da família.

Para não deixar a data passar em branco, Valdirene Ferreira da Silva Gatelli, 46 anos, e Vanderlei Mauro Gatelli, 56, estiveram na Rua Luis Covolan, embaixo da Ponte Seca para homenagear e lembrar do filho morto no ano passado.
Em razão dos cuidados com a pandemia, alem do casal apenas dois amigos e duas tias foram também até o local para prestar homenagens ao professor. Usando camisetas com a foto de Vinícius, com as inscrição: “A verdade tem que ser dita, a justiça tem que ser feita. Vini te amaremos eternamente”, os familiares fizeram uma oração e soltaram 26 balões brancos, representando a idade do professor.

Próximo de passar pelo segundo dias das mães sem o filho, Valdirene se emocionou ao falar do filho durante a homenagem. “Tu era muito alegre e feliz. Tinha uma vontade enorme de viver e estar com os amigos. Sempre me incentivava a fazer as coisas que eu não queria ou tinha medo. Com 25 anos você viveu mais do que eu certamente”, disse.

Acompanhe a homenagem emocionante feita pela mãe do professor Vinícius:

Além da homenagem, Valdirene contou que não foi fácil estar no local em que o corpo do filho foi encontrado. “O que passa pela minha cabeça estando aqui é o sofrimento que ele passou até chegar nesse lugar. Certamente ele pensou muito em mim, no pai, na família antes de ser covardemente morto. A gente só quer justiça. Só isso”, Desabafa.

Vinícius era professor da rede estadual de ensino e dava aula para as turmas iniciais em uma escola de Caxias do Sul desde o início de 2019.

Relembre o caso
O corpo do professor Vinícius Ferreira da Silva Gatelli foi encontrado por volta das 20h30min do dia 03 de maio de 2019, no prolongamento da Rua Luís Covolan, região do Matioda, embaixo da Ponte Seca, na Zona Oeste.
De acordo com informações da Brigada Militar (BM), naquela noite um motorista de van que buscava alunos nas imediações encontrou o corpo e chamou a polícia.

Vinícius estava caído na lateral da estrada de chão. O Samu foi acionado e, ao chegar no local, constatou o óbito. Gatelli apresentava nove perfurações de disparos pelo corpo. Junto com a vítima a polícia encontrou a carteira com os documentos e mais R$ 1,500 em dinheiro.

Cerca de 20 dias depois do crime, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) prendeu e indiciou os autores do crime identificados como Jonatan Gonçalves da Rosa, 31 anos, Rafael da Silva Mânica, 25, e Leandro Laurindo Martins, 29, que seguem presos. Já o mandante, foi identificado como sendo Maicon Canali, 35 anos, que teria pago cerca de R$ 4.500 para matar o professor devido a um desentendimento.

De acordo com o delegado Rodrigo Kegler Duarte, titular da delegacia de homicídios na época, as investigações apontaram para um crime com motivação pessoal, cometido mediante pagamento efetuado pelo mandante. Ele ainda chegou a conclusão de que o trio teria preparado uma emboscada para a vítima.