País atingido por tsunami no último sábado deve ficar mais um mês sem comunicação

No último sábado (15), o mundo assistiu a erupção vulcânica que causou destruição no arquipélago polinésio de Tonga, situada no Pacífico Sul. Os danos, considerados “sem precedentes” pelo governo local, foram gerados, em sua grande maioria, por tsunamis de 15 metros de altura. Vilarejos foram arrasados por completo nas ilhas de Mango e, em outra porção de terra, Fonoifua, apenas duas casas permaneceram de pé. Até o momento, foram contabilizadas quatro mortes em virtude da erupção do vulcão Hunga Tonga Hunga Ha’apai.

Além dos destroços que tomaram conta da pista do aeroporto do país e impedem o pouso de aviões com suprimentos, Tonga está incomunicável desde sábado (15). Um cabo submarino que possibilita as telecomunicações e acesso a internet sofreu danos e fez com que o arquipélago ficasse praticamente incomunicável com o mundo. As únicas formas de contato de quem está nas ilhas é através de telefones por satélite.

Nesta quarta-feira (19), o Ministério das Relações Exteriores da Nova Zelândia, através de um comunicado, informou que o prazo de quatro semanas para reparo do cabo foi estabelecido pela empresa responsável pelo serviço. A estrutura teve prejuízos em dois pontos, um próximo à costa e, outro, cuja solução é complexa, está próximo ao vulcão.

Atualmente, uma companhia local busca restaurar o serviço de telecomunicações 2G. Contudo, a capacidade ainda será limitada e irregular. A comunicação prejudicada impede que o governo de Tonga faça comunicação com outras ilhas habitadas para saber os estragos causados pelas ondas gigantes. Por conta disso, até o momento, as informações dão conta de quatro mortos.

Ajuda internacional

Austrália e Nova Zelândia já preparam embarcações com suprimentos básicos para ajudar Tonga. O arquipélago de 105 mil habitantes registra problemas com a água. Por conta das cinzas do vulcão, diversas fontes estão contaminadas, o que, por sua vez, pode levar a surtos de cólera e diarreia.