Nove mortes em duas semanas. Esta é a realidade de Caxias do Sul neste ano de 2023. Os números assustam os órgãos de segurança, bem como a comunidade em geral, a qual viu um ano de 2022 com números históricos no que se refere aos registros de mortes violentas, onde não chegou a 80 no ano todo, um feito que não se repetia há 20 anos.
Os números assustam ainda mais quando comparamos o mês de janeiro deste ano e de 2022. No ano passado, durante todo o período, foram registrados quatro homicídios. Já em 2023, em apenas 15 dias, foram nove, mais que o dobro.
O Major do 12º Batalhão Policial da Brigada Militar, Wagner Carvalho, relata a preocupação das forças de segurança referente aos últimos registros.
“Realmente tivemos um ano de 2022 a comemorar no que se refere aos crimes violentos intencionais contra a vida, pois tivemos uma redução histórica. Nos últimos 20 anos não conseguíamos baixar desse número de 80 vítimas, então os órgãos de segurança surgiu este efeito, mas vivemos numa cidade certamente com 600 mil habitantes e realmente iniciamos janeiro com uma atipicidade relacionado ao crime de homicídio”.
Por conta disto, na manhã desta segunda-feira (16), a Brigada Militar realizou uma reunião com foco nas estratégias para o controle dos homicídios em Caxias do Sul.
A reunião ocorreu na sede da Polícia Civil, com a participação do 12° Batalhão de Polícia Militar, 4º Batalhão de Choque, SUSEPE e Polícia Civil, representada pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegacia de Ações Criminosas Organizadas (DRACO), além da presença do substituto da Delegacia Regional de Polícia da 8ª Região.
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Carvalho explica que a maioria dos crimes têm envolvimentos com o tráfico de drogas.
“Tivemos de início dois feminicídios que contabilizam nos números. Tivemos também a situação de um idoso que morava sozinho e foi localizado morto por vizinhos, a princípio por arma branca, e os demais homicídios todas as vítimas têm alguma relação com o tráfico, ou consumo, todos com antecedentes”.
Conforme explica Wagner Carvalho, a Brigada Militar, a Polícia Civil e os demais órgãos de segurança estão mobilizadas para coibir tais crimes e elucidar as autorias.
“De posse dessas informações, desde o início a Brigada Militar e a Polícia Civil já estão mobilizadas. A Delegacia Regional de Homicídios já está investigando para elucidar as autorias. A BM está saturando as áreas com mais probabilidade desses crimes e hoje pela manhã nos reunimos para adotar medidas e somar esforços para fazer frente nas ações que adotaremos para o enfrentamento e um controle maior destes crimes que ocorrem neste início de janeiro, ao contrário de 2022”.
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