INVESTIGAÇÃO

Nenhuma hipótese pode ser descartada no inquérito de acidente aéreo, diz delegado regional de Gramado

Polícia Civil já colheu depoimentos em vídeo de diversos dos feridos em ocorrência do último domingo

Nenhuma hipótese pode ser descartada no inquérito de acidente aéreo, diz delegado regional de Gramado
Foto: Camila Cunha / Correio do Povo

A Polícia Civil já colheu diversos depoimentos em vídeo que podem auxiliar na investigação do acidente aéreo que deixou dez pessoas da mesma família mortas e outras 17 feridas na manhã de domingo, em Gramado, na serra gaúcha. De acordo com o delegado regional Gustavo Celiberto Barcellos, titular da 2ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (2ª DPR), nenhuma hipótese relacionada ao acidente pode ser descartada no momento.

Inclusive porque, de acordo com ele, a decisão foi do empresário Luiz Galeazzi em levantar voo a partir do aeroporto Regional de Canela, mesmo com baixa visibilidade e condições climáticas adversas, já que o local não possui instrumentos para auxiliar os pilotos. “Somente com o curso da investigação vamos poder determinar a dinâmica do que ocorreu, e se há alguma responsabilização penal”, salientou ele. Depois da abertura, o inquérito policial ficará a cargo da Delegacia de Gramado, sob comando da delegada Fernanda Aranha.

O prazo inicial é de 30 dias para uma conclusão preliminar, mas ele acredita que dificilmente isto será esclarecido neste período, devido a complexidade da ocorrência, inclusive quanto ao trabalho do Instituto-Geral de Perícias (IGP) no recolhimento dos fragmentos dos corpos. Ainda de acordo com o delegado regional, as únicas vítimas ainda não ouvidas são as duas pessoas com graves queimaduras encaminhadas a hospitais de Porto Alegre. Os demais feridos são turistas, de maneira geral.

Além disto, a Polícia Civil de São Paulo, estado de onde era a família, está trabalhando para recolher material genético de familiares das vítimas fatais, e confrontar com os dos mortos no acidente, cujas identificações estão sendo feitas no IGP, em Porto Alegre. A investigação da Polícia Civil gaúcha é feita em paralelo com o Cenipa, órgão da Aeronáutica especializado em acidentes aéreos. Além de Luiz e da esposa, morreram no choque três filhas adolescentes do casal, cunhada, sogra e concunhado dele, este último funcionário da mesma empresa de Luiz, assim como duas crianças.

Com informações de O Correio do Povo