Uma mulher, de 46 anos, moradora do bairro Bom Pastor, em Caxias do Sul, se encontra em uma situação complicada há vários meses. Um nódulo em seu pescoço surgiu há pelo menos dois anos, e desde então, essa condição limita a paciente que precisou deixar de trabalhar por não conseguir realizar simples atividades por causarem falta de ar, dentre outras sensações. O diagnóstico foi dado pelo médico após uma ecografia, em maio de 2022.
Desde então a dona de casa vem sofrendo com o aumento desses nódulos, os quais a impedem de trabalhar fora. No dia 12 de agosto de 2022 ela realizou a primeira biópsia, e segunda no dia 13 de fevereiro de 2023, que foram encaminhadas para a médica que a atendia na época. Nesse meio tempo, foram inúmeros exames, coleta de material e biópsias. Porém, na condição da paciente, não havia algum remédio para sanar o problema, pois os nódulos precisam ser retirados em cirurgia, como a própria profissional a orientou.
Com isso, a médica responsável iria encaminhar a paciente para um médico especialista nesta categoria, porém, a partir desse momento, a mulher relata que segue em uma “maratona” de idas e vindas da Unidade Básica de Saúde (UBS), mas sem retorno de quando conseguirá o encaminhamento com o especialista. “Lá na UBS eles não me dão retorno, me disseram que iam me chamar agora no mês de que passou, aí fiquei na espera e ninguém me deu retorno. Fui no DACRA (Departamento de Avaliação, Controle, Regulação e Auditoria), a minha médica fez uma carta pedindo urgência nessa consulta, nada foi feito. Ainda fui lá, uma moça me atendeu super mal. Retorno para a UBS do meu bairro, só o que dizem é que no mês de julho eles iam me chamar, estamos já em agosto e até agora nada”, salienta a paciente.
O problema, conforme a mulher, afeta suas atividades simples do dia a dia. Há dias em que ela se sente bem, mas quase sempre se sente mal por não conseguir desempenhar suas funções, como a limpeza da casa. Trabalhar está fora de questão para a paciente. Durante as conversas com a equipe de reportagem, ela havia conseguido um emprego, porém, precisou sair no primeiro dia por passar mal, com falta de ar. Com isso, diversas doenças surgiram, como ansiedade e depressão. Até mesmo dormir e se alimentar virou um bicho de sete cabeças. “Esses nódulos não são malignos, mas atrapalham o meu andar, o meu bem-estar. Tem de dois anos a três que começaram a surgir e começaram pequenos”.
Em contato com a Secretaria Municipal da Saúde, a reportagem obteve retorno sobre a situação da paciente, através da assessoria de imprensa. Conforme nota, “A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que os encaminhamentos para consulta com especialista ocorrem por ordem de prioridade conforme cada caso clínico. A paciente em questão está cadastrada e aguarda liberação de vaga. Outras informações não podem ser prestadas em respeito ao sigilo médico e à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)”.