Comportamento

Mais de mil mortes foram registradas após terremotos na Turquia e Síria

Ao menos outros 21 tremores ocorreram após o principal

terremoto
(Foto: Ilyas Akengin/AFP/Via Jovem Pan)

Em novo balanço divulgado, já foram contabilizadas mais de 1,9 mil mortes em virtude dos terremotos que atingiram a Turquia (912) e Síria (560) na manhã desta segunda-feira (6). Além disso, em áreas sírias controladas por rebeldes, mais de 221 pessoas foram mortas, de acordo com os Capacetes Brancos, embora a organização médica SAMS tenha estimado o número de vítimas em mais de 135.

Informações dão conta de que os tremores também foram sentidos em outras localidades, como no Cairo (Egito), Chipre e Líbano. Classificado como 7,8 de magnitude na escala Richter, o primeiro tremor é uma dos mais fortes dos últimos 10 anos na região.

Ainda assim, horas depois, outro na casa dos 7,6 de magnitude também atingiu o sudeste da Turquia. Este foi localizado a quatro quilômetros da cidade de Ekinozu, em Kahramanmaras, uma das localidades mais atingidas pelo primeiro terremoto. Agência internacionais informam que ao menos outros 21 tremores ocorreram após o principal.

Este é o maior terremoto na Turquia desde 17 de agosto de 1999, que causou 17 mil mortes, mil delas em Istambul. Segundo o presidente Recep Tayyip Erdogan é o maior desastre desde 1939: “É o segundo mais forte, desde o terremoto de Erzincan, de 1939. Segundo as últimas avaliações, é de 7,7 (graus na escala Richter). Há graves danos também nas áreas vizinhas da Síria”, afirmou o chefe de Estado.

No lado sírio da fronteira, o terremoto destruiu regiões controladas pela oposição que abrigam cerca de 4 milhões de pessoas deslocadas de outras partes da Síria pela longa guerra civil do país. Muitos deles vivem em prédios que já foram destruídos por bombardeios anteriores. Centenas de famílias permanecem presas nos escombros, disse a organização de emergência da oposição, chamada Capacetes Brancos, em um comunicado. Instalações de saúde e hospitais sobrecarregados ficaram rapidamente cheios de feridos, disseram equipes de resgate.

O terremoto, sentido até no Cairo e na Groenlândia, de acordo com o Instituto Geológico Dinamarquês, atingiu uma região que foi moldada por mais de uma década de guerra civil na Síria. Milhões de refugiados sírios vivem na Turquia. A faixa da Síria afetada pelo terremoto está dividida entre o território controlado pelo governo e o último enclave do país controlado pela oposição, que é cercado por forças do governo apoiadas pela Rússia.

O terremoto foi centrado a cerca de 90 quilômetros da fronteira com a Síria, fora da cidade de Gaziantep, uma importante capital provincial turca. Pelo menos 21 tremores secundários se seguiram, algumas horas depois durante o dia, o mais forte medindo 7,5 disseram autoridades turcas. Por questões de segurança, o gás foi cortado em toda a região, devido a tremores secundários que poderiam gerar explosões.

O presidente turco disse no Twitter que “equipes de busca e resgate foram enviadas imediatamente” para as áreas atingidas pelo terremoto.

“Esperamos superar esse desastre juntos o mais rápido possível e com o mínimo de danos”, escreveu ele. No Twitter, Stephen Hicks, pesquisador em sismologia do Imperial College London, escreveu que o terremoto é um dos maiores já registrados: “Este evento ficará para a história. Um dos maiores terremotos registrados instrumentalmente para atingir diretamente uma área povoada”.

Com informações: Jovem Pan