Nas últimas semanas o preço de diversos produtos estão sofrendo diversos reajustes, mas, o que mais tem assustado o consumidor é o litro do leite, por exemplo, em alguns estabelecimentos de São Leopoldo, já é vendido por R$ 7,69. O levantamentos mensais do Procon mostram que a subida foi gradual. Se compararmos o valor do litro encontrado pelo Procon este mês e o de janeiro, o aumento já chega a 175,62% desde o início do ano. A inflação no valor pago pelos consumidores foi potencializada a partir de abril, e intensificada com a chegada do inverno, período habitual de encarecimento do produto. Além da entressafra, já que o período de grande produção é no segundo semestre, os produtores citam a interferência de altos custos produtivos.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza todos os meses nas capitais brasileiras a Pesquisa Nacional da Cesta Básica pela qual também é possível verificar se o salário mínimo é suficiente ou não para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas. O resultado já é conhecido, a questão é: quanto a mais o brasileiro deveria ganhar agora para sobreviver?
Segundo o Dieese, levando em consideração o preço da cesta básica do mês de maio em São Paulo (capital que apresentou o maior valor neste período: R$ 777,93), o salário mínimo brasileiro deveria ser R$ 6.535,40, ou seja, 5,39 vezes a mais que o pago atualmente. Além da alimentação, a pesquisa também leva em consideração outras despesas como moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência social. Mesmo que este valor seja sobre o custo de vida na capital paulista, ele não difere tanto de Porto Alegre que em maio teve a terceira cesta básica mais cara do País (R$ 768,76).
*Com informações do Jornal do Comércio e do Vales dos Sinos