CENTRAL DE ATENDIMENTO

Ligue 180 registra aumento de 3,7% nos atendimentos em 2024 no Rio Grande do Sul

Foram 24.779 ligações no ano passado, contra 23.889 em 2023. Denúncias também cresceram, de 5.787 em 2023 para 6.153 em 2024, acréscimo de 6,3%

LIGUE
Foto: Reprodução

Dispositivo central na estratégia de enfrentamento da violência contra a mulher no país, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 totalizou, em 2024, 24.779 atendimentos registrados no Rio Grande do Sul, um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior, quando 23.889 foram computados. No ano passado, no estado gaúcho, houve aumento de 6,3% no número de denúncias, passando de 5.787 em 2023 para 6.153 em 2024. Desse total, 5.496 foram recebidas por telefone e 549 por WhatsApp.

Entre as denúncias no ano passado, 3.809 foram apresentadas pela própria vítima, enquanto 2.341 foram por terceiros. A casa da vítima ainda é o cenário onde mais situações de violência são registradas: 2.595 denúncias tinham este contexto. A residência compartilhada por vítima e suspeito também é local de grande parte das denúncias no Rio Grande do Sul, com 2.120 casos.

Os dados apontam que há mulheres que vivenciam diariamente as situações de violências. No estado, a frequência diária foi relatada em 3.295 atendimentos, enquanto 998 disseram que as agressões ocorrem ocasionalmente. Sobre o tempo em que ocorreu a violência, 1.738 responderam que acontece há mais de um ano. São as mulheres brancas as vítimas mais frequentes (4.049).

Para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o aumento significativo no número de atendimentos realizados pela central reflete a maior confiança da população brasileira, em especial das mulheres, no Ligue 180, que vem recebendo uma série de melhorias desde 2023, com a reestruturação prevista na retomada do Programa Mulher Viver sem Violência (Decreto nº 11.431/2023).

A ligação gratuita (ligue 180) pode ser feita de qualquer lugar do Brasil, 24 horas, todos os dias da semana (inclusive finais de semana e feriados). Em casos de emergência, deve ser acionada a Polícia Militar, por meio do telefone 190.