O município de Farroupilha teve aprovado recentemente pela Comissão de Educação e Cultura (CE), em caráter terminativo, o Projeto de Lei 3.605/2023 que dá a cidade o título de Capital Nacional da Moda de Inverno. Diante disso a reportagem do Portal Leouve conversou com importantes entidades lojistas da cidade a fim de entender e dimensionar o real impacto que esse reconhecimento terá em futuras vendas.
O síndico do Centro de Compras Farroupilha, João Carlos, afirmou que o projeto se dá por conta de diversos fatores presentes na cidade. “Pra nós, Centro de Compras, que estamos aqui na vitrine é um ganho grande. Nós ficamos muito felizes, eu particularmente, quando soube deste projeto. Estamos na vitrine pela posição geográfica, pelo produto que temos, pelos preços, condições que damos aos nossos clientes, então estamos muito contentes e esperamos que isso perpetue”, salientou.
Participante do Conselho do Centro de Compras, Jomara Arcari salientou que o reconhecimento deve beneficiar todo o setor na cidade. “Vai só agregar ao nosso município. É mais um título que Farroupilha está recebendo e nós do Centro de Compras com tantos anos de mercado estamos se beneficiando tendo outras formas de atrair clientes, não só o regional, estadual, mas o cliente nacional que já vem, mas agora tem muito a abranger. A visibilidade muda aos olhos de quem busca uma agência de viagens, quem busca um catálogo de viagem, num modo geral Farroupilha vai estar presente, com este título, agregando mais valor”, avaliou.
De clima frio, Farroupilha abriga cerca de 70 mil habitantes e é um dos principais polos da indústria têxtil no Brasil. O município conta com 400 pontos de venda e uma produção mensal de 450 mil peças.
O presidente do Sindilojas, Cladir Bono salientou que o reconhecimento certamente trará mais clientes para a cidade da Serra Gaúcha, alavancando a mesma em cenário nacional. “Eu não tenho dúvida disso. A nível turístico também, porque o pessoal que estiver viajando pela nossa região, tendo Farroupilha como capital da Moda de Inverno, com certeza vai atrair atenção e vão visitar nossa cidade, e com isso todos os setores ganham, não é só o malheiro. É o setor hoteleiro, dos combustíveis, publicidade, então todos na nossa região vão ser fortalecidos”.
Ao todo são 71 marcas locais, sendo que, dessas, 59% estão há mais de 10 anos no mercado. Aproximadamente 79% do setor é composto por fabricantes de malhas e confecções e a indústria gera mais de 3 mil empregos diretos.
A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município, Maria Cleni, vê a qualidade do produto farroupilhense como um diferencial das outras cidades. “É um reconhecimento pelo trabalho que Farroupilha tem de todos os empresários que trabalham no ramo de confecções, malhas. É muito justo para que isso venha para Farroupilha com toda a qualidade de malhas que temos na nossa cidade. A qualidade, o bom atendimento, a seriedade que o pessoal trata a produção, é um reconhecimento mesmo”, frisou a presidente da entidade.
O clima frio da região garante a qualidade do produto que, unida à estética aprimorada, dita a moda que repercute em outros centros urbanos espalhados pelo país.