Lar da Velhice São Francisco de Assis, de Caxias, ainda precisa de ajuda

Os 67 idosos que recebem atendimento médico, assistência social, alimentação e atenção no Lar da Velhice São Francisco de Assis, em Caxias do Sul, pedem ajuda. Com o baixo número de doações nos meses de janeiro e fevereiro, o estoque de alimentos e produtos higiênicos baixou significativamente.

Após um pedido no Facebook da entidade, centenas de caxienses se mobilizaram e doaram principalmente alimentos na semana passada. Mas, a casa de acolhimento ainda precisa de ajuda. O Lar é mantido por donativos e não tem apoio do poder público. 20 vagas são destinadas para idosos por meio da Fundação de Assistência Social (FAS), que faz o pagamento de 50% do auxílio.

De acordo com a presidente do Lar da Velhice São Francisco de Assis, Analice Carrer, a casa precisa de auxílio com produtos de higiene pessoal, alimentos e produtos de limpeza.

“Eles precisam se alimentar, precisam de banho, roupas, de tudo. Ali fora não tem ninguém por eles. Aqui eles tem conforto, remédio na hora certa, o carinho da equipe que trabalha aqui. Nosso estoque estava muito baixo. A comunidade atendeu o nosso apelo e estamos emocionados com isso. Precisamos ainda de produtos de limpeza, de higiene, temos muitos idosos com restrições ao açúcar, então precisamos de alimentos diet, por exemplo”, destaca.

Os idosos também necessitam de fraldas geriátricas, especialmente nos tamanhos G e GG. No Lar, são utilizadas cerca de 300 fraldas por dia, o que, mensalmente, chega a quase 3 mil unidades.

Os idosos acolhidos no Lar da Velhice são vítimas de abandono das famílias, alguns até de maus-tratos. Analice explica que existe uma lista de espera para ingresso na casa de acolhimento.

“Tempos a capacidade de, no máximo, 70 pessoas. E muitos nos buscam e apelam por uma vaga. Temos um critério de avaliação para se candidatarem. Tem gente que vem aqui visitar e se emociona. Mas, eles (idosos) estão felizes. Muitos me pedem ‘não me deixa sair daqui’. Eles são felizes com a nova família que formaram aqui dentro”, ressalta.