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Governo Federal quer ampliar programa Pé-de-Meia para toda rede pública

O programa federal tem o objetivo de promover a permanência e a conclusão escolar

Universalização do Pé-de-Meia precisará de mais R$ 5 bilhões dos cofres públicos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Universalização do Pé-de-Meia precisará de mais R$ 5 bilhões dos cofres públicos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Governo Federal quer universalizar o programa federal Pé-de-Meia a todos estudantes do ensino médio público, a partir de 2026. A informação foi confirmada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, na sexta-feira (11), durante a divulgação do Indicador Criança Alfabetizada no Brasil de 2024.

Pelos cálculos do MEC, a universalização do Pé-de-Meia precisará de mais R$ 5 bilhões dos cofres públicos. Para viabilizar a ampliação orçamentária, o ministro tem conversado com representantes do Congresso Nacional.

O ministro relata que, ao ser lançado em janeiro de 2024, o Pé-de-Meia foi, inicialmente, destinado aos beneficiários do programa Bolsa Família. No segundo semestre, a chamada “poupança do ensino médio” foi ampliada aos estudantes da rede pública com inscrição ativa no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal (Cadúnico), o que possibilitou o crescimento do número de beneficiários de 2,5 milhões para mais de 4 milhões de jovens do ensino médio público, em um ano.

Camilo Santana explica que, atualmente, a renda familiar por pessoa é o critério para ter inscrição ativa no CadÚnico e, portanto, delimita quem tem direito às parcelas do benefício do programa de incentivo financeiro-educacional, que somadas podem chegar a R$ 9,2 mil nos três anos letivos do ensino médio.

“Às vezes, a diferença entre um aluno e outro, dentro da sala de aula, é tão pequena na questão do CadÚnico, na renda per capita, que não justificaria que ele também não tenha recebido o Pé-de-Meia”, exemplificou.

O programa federal tem o objetivo de promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público e, desta forma, democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens.