Freio de Ouro tem campeões inéditos na estreia da arena coberta

Devidamente trajados para a ocasião, crianças e adultos pilchados estavam atentos para a competição durante a 46ª Expointer

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07:53 - 28/08/2023

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Freio de Ouro tem campeões inéditos na estreia da arena coberta

A final do Freio de Ouro ocorreu na estreia da nova Arena Coberta do Cavalo Crioulo - Foto: Maurício Tonetto/Secom

Arquibancadas abarrotadas e público amontoado também em pé na nova Arena Coberta do Cavalo Crioulo, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Devidamente trajados para a ocasião, crianças e adultos pilchados estavam atentos para a finalíssima do Freio de Ouro durante a 46ª Expointer.

E na edição 2023 da feira puderam ver campeões inéditos entre os cavalos: o ginete Daniel Teixeira montou Belle Porcelana, a fêmea mais jovem entre as finalistas, e o cavaleiro Zeca Macedo se sagrou vencedor com o macho Guanabara Saladero, estreante na competição.

O governador Eduardo Leite compareceu às provas finais do Freio de Ouro e participou da entrega dos troféus para os criadores e expositores campeões nas categorias macho e fêmea. Ele destacou a importância da competição como um símbolo da tradição e uma vitrine da qualidade do cavalo crioulo.

“É uma alegria estar aqui neste domingo bonito de sol e frio, acompanhando o Freio de Ouro. Esse amor ao cavalo é também um símbolo do amor do gaúcho às coisas da nossa terra. E agora, com a pista qualificada, com cobertura, certamente o Freio de Ouro será cada vez mais um espaço de encontro para os gaúchos, para celebrar a nossa cultura e tradição”, disse.

O ginete Teixeira declarou, bastante emocionado: “É muita coisa que a gente passa para chegar aqui e as coisas darem certo. Então, a gente olha para trás e fica um pouco surpreso por ter a oportunidade de viver esses momentos”.

“Minha sensação é muito difícil de descrever porque eu vivo isso daqui, meu pai me colocou aqui dentro. Eu fiz a campeira durante oito, dez anos, e meu sonho foi fazer isso aqui. As minhas brincadeiras eram os ginetes do Freio de Ouro, os meus ídolos, era o que eu queria ser”, expôs o pentacampeão Macedo.

Os campeões levam para casa o cobiçado troféu Freio de Ouro. Na categoria dos machos, o Freio de Prata ficou com Daniel Teixeira e o cavalo AS Malke Fogo de Chão. O Freio de Bronze terminou com Fabrício Brunelli Barbosa e o cavalo Mis Amores da Taimã. O Freio de Alpaca, por sua vez, foi para Nathan Valadão e Leopardo da Gap São Pedro-TE.

No pódio das fêmeas, o Freio de Prata terminou com o cavaleiro Gabriel Viola Marty e a fêmea uruguaia Jugada de Santa Marcia. O ginete Ricardo Gigena Wrege estreou no pódio montando a Realidade Charrua. E o Freio de Alpaca ficou com a Têmpera do Recanto Crioulo-TE e o ginete Cláudio dos Santos Fagundes, que fizeram uma fase final de bastante regularidade.

Emoção na arquibancada

Freio de Ouro tem campeões inéditos na estreia da arena coberta

Na arquibancada, um pequeno grupo gritava na reta final da competição. E ao fim das montadas, tudo se justificava. Era a emoção do domador do cavalo campeão, Vinícius Ianke. Há mais de 20 anos na atividade, ele recebia cumprimentos e felicitações.

“Não tem explicação [para a emoção]. É o trabalho de anos, de muita dedicação, eu acompanhei a evolução desse cavalo. Corri com ele muito novo, sempre vi potencial. A gente sempre comparava com os irmãos que correram o Freio”, apontou Ianke.

Antes da finalíssima, houve tempo e espaço para uma cerimônia emocionante para a comunidade crioula. É que o cavalo Colibri Matrero, tricampeão do Freio de Ouro, percorreu a arena enquanto anunciaram a sua despedida. Uma capa especial com as bandeiras do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai foi confeccionada e entregue ao ícone da raça na sua última montada em uma pista. A volta arrancou aplausos do público.

Na sequência, para manter viva a tradição e resgatar a memória, o primeiro campeão do Freio de Ouro, Oswaldo Dornelles Pons, foi convidado a entregar o Troféu Freio Especial para Norberto Ullmann Filho, o criador do Colibri Matrero.

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