Comportamento

Famílias que tem integrante autista encontram amparo na Unitea em Caxias do Sul

Foto: Internet
Foto: Internet


O Instituto Unitea é uma organização sem fins lucrativos, a qual cadastra gratuitamente o núcleo familiar que tem um integrante diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista – TEA. A ONG criou programas para atender as famílias, trocando experiências e realizando capacitações para melhorar a qualidade de vida de todos os envolvidos.

A gerente executiva e diretora de projetos da Unitea, Ivonete Aparecida Gaike, comenta que as principais demandas levadas pelas famílias são “falta de tratamento, terapias adequadas, a falta de inclusão destas crianças no meio escolar público e privado, da inclusão na sociedade, falhas nos atendimento do trato para com o autista, por falta de conhecimento de como lidar com esse público. O professor não pode recusar aquele aluno e não tem condições, vivência com aquele tipo de criança, sabemos que é difícil”.

O Autismo não tem não cura, mas tem tratamentos. Segundo Ivonete cada pessoa é única, cada um terá uma particularidade e um tratamento terapêutico diferente. Por isso, cada família deve decidir se a criança entra nas escolas públicas/privadas de ensino normal ou especial. “Não temos profissionais para dar conta demanda. Não temos estatística atualizada de quantos autistas tem em Caxias, segundo o censo de 1 a 2% da população tem essa alteração, hoje, temos mais de 175 famílias cadastradas na Unitea.” Uma das ações da Unitea em parceria com a UCS, foi a criação de uma pós graduação em Ciência ABA, a qual iniciou em abril deste ano.

A diretora explicou que há três tipos de Transtorno do Espectro Autista, nos níveis 1, 2 e 3. ” No nível 1 ele consegue se comunicar, fala compreensível, ele entende, tem dificuldade de habilidades sociais. No 2 a fala e a compreensão são mais comprometidos, não tem autocuidado, tem dificuldade de se relacionar e o 3 é o mais comprometido, não fala, a maioria precisa usar fraldas, não faz a gestão das próprias higienes pessoais. Nestes casos precisa de muito mais apoio e suporte. Quem define essas nomenclaturas é o médico e o autista pode transita entre essas 3, pode ser um caso mais severo mas com intervenção médica consegue evoluir para o grau um.”

“O objetivo da Unitea é formar uma rede de apoio, um elo entre famílias e profissionais” destacou a diretora. O Instituto Unitea está em transferência de sede, atualmente está localizado no Centro Médico Medianeira, mas a partir de fevereiro a previsão, é que esteja alocado na Rua Os Dezoito do Forte, junto ao prédio da FSG em Caxias do Sul.

Foto: Unitea / Divulgação