Caxias do Sul

Exame para diagnosticar a Síndrome de Down poderá ser gratuito em Caxias do Sul

A proposta é de autoria do vereador Adriano Bressan (PTB)

Exame para diagnosticar a Síndrome de Down poderá ser gratuito em Caxias do Sul
Confident female doctor conducting cancer research at biosafety cabinet. Mature scientist is examining sample in laboratory. She is working at research center.

Foi protocolado na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul o Projeto de Lei Complementar (PLC) que garante nos hospitais públicos que atendam pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a realização do exame de cariótipo nos recém-nascidos, após verificada a existência de sinais cardinais indicativos da Síndrome de Down. A proposta é de autoria do vereador Adriano Bressan (PTB).

O Teste de Cariótipo é um exame que verifica a condição genética específica de cada criança com Síndrome de Down, de modo que os pediatras poderão se precaver da melhor forma acerca das complicações que esta criança pode vir a ter, tais como, problemas pulmonares, cardiopatia, limitações auditivas, entre outras, as quais são mais comuns em pessoas com Trissomia 21. Em média, o Teste de Cariótipo leva 20 dias para ficar pronto.

Segundo o autor da proposta, este exame facilitará o diagnóstico preciso e célere aos recém-nascidos que eventualmente apresentarem sinais indicativos de Síndrome de Down, pois somente com o Teste de Cariótipo é possível afirmar que a criança nasceu ou não com a referida Síndrome.

“Temos uma atuação muito forte neste segmento, já tendo duas leis aprovadas que aborda questões relativas à Síndrome de Down, agora, estamos protocolando mais uma e talvez a de maior relevância social, pois este exame não é fornecido, de forma gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e muitos pais e familiares não possuem condições de arcar com este custo para a realização do mesmo”, destaca Adriano Bressan.

O vereador Bressan (PTB) é o autor da Lei que cria a Semana Municipal de Conscientização da Síndrome de Down e da Lei que obriga os estabelecimentos de saúde de Caxias do Sul a comunicar às instituições, entidades e associações que desenvolvem atividades com as pessoas com deficiência quando do nascimento de alguma criança com Síndrome de Down, a fim de garantir o acesso a todos os tratamentos possíveis e necessários para o desenvolvimento do recém-nascido.

A partir de agora, o Projeto de Lei Complementar tramitará pelas Comissões da Casa Legislativa e seguirá ao Plenário para apreciação dos vereadores.

O QUE É UM CARIÓTIPO?

Cada cromossomo é uma fita de DNA condensada e visível ao microscópio óptico. O cariótipo é uma fotografia dos cromossomos de um indivíduo organizada de maneira específica, visando diagnosticar anomalias genéticas.

PARA QUE SERVE O EXAME DE CARIÓTIPO?

O cariótipo banda G é um teste genético que serve para identificar a presença de alterações cromossômicas.

QUAL É O CARIÓTIPO NORMAL?

O cariótipo normal é composto por 46 cromossomos (23 vindos do pai e 23 vindos da mãe) que armazenam dados genéticos sobre aquele indivíduo em específico. Isso inclui características físicas, perfil metabólico e variantes causadoras de condições genéticas e hereditárias.

QUAIS AS DOENÇAS RELACIONADAS AO CARIÓTIPO BANDA G?

O cariótipo banda G avalia translocações que podem estar associadas aos abortamentos habituais e cromossopatias, como:

  • Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21);
  • Síndrome de Edwards (trissomia do cromossomo 18);
  • Síndrome de Patau (trissomia do cromossomo 13);
  • Síndrome de Turner (monossomia do cromossomo X);
  • Síndrome de Klinefelter (aneuploidia do cromossomo sexual X);
  • Síndrome do Triplo X (trissomia do cromossomo sexual X);
  • Síndrome de Jacob (aneuploidia do cromossomo sexual Y).

COMO É FEITO O EXAME DE CARIÓTIPO BANDA G?

O exame pode ser feito a partir de qualquer célula que tenha núcleo, que é onde os cromossomos estão localizados. Por meio de uma coleta sanguínea, é possível obter com maior facilidade a célula nos linfócitos. Mas em alguns casos pode ser necessário analisar outras células, como o fibroblasto, obtido através de uma biópsia de pele, ou células da medula óssea.

Para que seja possível analisar os cromossomos das células, são necessárias diversas etapas. Por esse motivo, o resultado do exame pode levar certo tempo para ser divulgado, variando de 10 a 15 dias após a coleta.