Na última terça-feira (13), a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), divulgou os dados do agronegócio gaúcho no mês de agosto. As exportações do setor atingiram US$ 1,5 bilhão no período, o que representa 72% do total comercializado pelo estado.
“Isso mostra que em nosso estado, essa cadeia toda da produção, dos serviços que vêm antes, dos produtos, insumos, todo o processamento que vem depois para se exportar é realmente muito relevante para a nossa economia, que é um estado que precisa de um agro que esteja sempre indo bem, porque isso acaba pegando no resto da economia toda”, destacou o analista de relações internacionais da Farsul, Renan Hein dos Santos em entrevista à Rádio Agert.
Em volume, o valor foi de 2 milhões de toneladas, 91% de toda venda do Rio Grande do Sul ao exterior. O resultado significa uma queda de 11% no valor em comparação com agosto de 2021. Em volume a redução foi de 3 milhões para 2 milhões de toneladas. Em relação a julho de 2022, houve incremento de 20% no valor e 27% no volume exportados.
“A gente vai continuar vendo essas quedas, mas é importante notar que é por causa da soja e da estiagem. Não fosse isso, a gente vê um desempenho bom em outros grupos, tirando o complexo soja, estão performando bem nesse agosto de 2022 em comparado com o de 2021”, afirmou Renan referindo-se a seca que assolou a última colheita de soja no Rio Grande do Sul.
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No acumulado do ano, o agro exportou US$ 9,7 bilhões, queda de 2% na comparação com o mesmo período de 2021. Em volume a queda foi ainda maior, foram comercializados 13,9 milhões de toneladas, redução de 20% em relação ao período entre janeiro e agosto do ano passado. O relatório da Assessoria Econômica da Farsul, apresentou os fatores que explicam os resultados. “Destacamos que a queda nas exportações da Soja em Grãos é explicada tanto pela estiagem que enfrentamos em 2022, quanto por um defeito no ComexStat, ferramenta de dados de comércio exterior do Ministério da Economia, na qual existe no filtro “UF do Produto” uma UF chamada “Não Declarada”, resultando em exportações temporariamente sem UF específica”, diz o material.
Em relação as importações, o grupo Adubos (fertilizantes) saltou de US$ 229 milhões em agosto de 2021 para US$ 464 milhões no mesmo período de 2022. Já em volume, a diferença foi de 536 mil toneladas para 566 mil toneladas. Isso representa um aumento de 102% no valor e 6% no volume. Na comparação com julho de 2022, houve aumento de 7% no valor e 0% no volume.
Destinos das exportações do agronegócio gaúcho
A Ásia (sem Oriente Médio) foi destino de 1,2 milhão de toneladas, totalizando US$ 916 milhões. A Europa atingiu US$ 208 milhões, sendo US$ 184 milhões para a União Europeia. Em seguida vem o Oriente Médio com US$ 156 milhões, América do Norte com US$ 130 milhões, América do Sul com US$ 76 milhões, África com US$ 38 milhões, Oceania com US$ 20 milhões e América Central e Caribe com US$ 41 milhões.
Quanto aos países, a China aparece em primeiro lugar com US$ 613 milhões e participação de 39% no valor. Em segundo lugar temos Estados Unidos com 6,5%, Irã com 6,1%, Coréia do Sul com 4% e Vietnã com 3,8%.
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Com informações: Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio do RS
Crédito entrevista: Rádio Agert