Caxias do Sul

Economia caxiense cresce 3,2% em setembro, aponta CIC Caxias

Cidade também tem saldo positivo na geração de empregos em todo o acumulado do ano

economia caxiense
(Foto: Marcos Cardoso/Grupo RSCOM)

Caxias do Sul voltou a apresentar crescimento na economia pelo quinto mês consecutivo. Puxado pela indústria (5%) e pelos serviços (3,3%), o acumulado de setembro de 2022 foi de 3,2% a mais do que em agosto. Por outro lado, o comércio teve queda de -2,7%. Ainda assim, comparando com o mesmo período de 2021, o incremento total foi de 7%. Os dados foram apresentados na tarde desta terça-feira (8), na Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC).

Por outro lado, ao analisar o indicador do acumulado do ano, em que se compara os primeiros nove meses de 2022, nota-se ascensão do comércio com 11,3%, de 3% da indústria e 1% nos serviços.

“Tinha todo um efeito que vinha em um viés positivo desde 2019, parado pela pandemia em 2020. Tivemos movimentos de investimento e infraestrutura a nível Brasil e local também, e isso ajudou com que fossem fomentados novos investimentos na região. Serviços e Comércio foram bastante machucados durante a pandemia. Eles vêm em um histórico negativo no acumulado de 12 meses. Entrou 2022 nesse histórico, e [agora] vêm conseguindo reverter esses fatores para o positivo”, comentou o diretor da CIC, Tarciano Mello Cardoso, ao se referir sobre a retomada da economia caxiense.

Segundo o economista, durante o período da pandemia, a Indústria caxiense se posicionou com viés positivo, o que auxiliou no fortalecimento do setor. No acumulado dos últimos 12 meses, a economia de Caxias do Sul apresentou crescimento de 3,9%, e durante o ano de 2022 de 3,8%. Dentro da economia caxiense a Indústria compreende a 53,4%, os Serviços a 29,6% e o Comércio a 17%.

Empregos

Acompanhando a tendência municipal, setembro também apresentou saldo positivo na geração de empregos. Foram 6.456 admissões contra 6.103 desligamentos. Ou seja, a cidade criou 653 novas vagas no período. Ao todo, Caxias do Sul conta com um estoque de 160.343 empregos.

Contudo, um dos problemas enfrentados pelas empresas caxienses é a falta de mão-de-obra qualificada. Conforme Cardoso, isso é algo que precisa ser trabalhado em todas as esferas de ensino.

“Se você não tem na região, você importa ou você cria. A criação de mão-de-obra leva tempo, ela começa lá pelas cadeias de base, pela educação infantil, e é um processo de longo prazo, ele vai levar 10, 20, 30 anos para conseguir ter uma estrutura sólida”, enfatiza.

Em setembro, a Indústria (com 312 vagas) e Serviços (com 93) foram os que mais geraram empregos. Por outro lado, a Agropecuária e o Comércio com -28 e -21, respectivamente, mais demitiram do que contrataram.

Mercado externo 

Ainda no mês, o desempenho das exportações diminuiu de US$ 70 bilhões para US$  67 bilhões em comparação com agosto. Enquanto as importações tiveram incremento de US$ 2 bilhões (de US$ 43 bilhões para US$ 45 bilhões) no mesmo período. Quanto às mercadorias que chegam à cidade, a China segue sendo o principal país de origem. Por outro lado, Chile, Argentina, Estados Unidos e México são os grandes compradores de Caxias do Sul.