Os Conselheiros Tutelares de Caxias do Sul denunciaram um colega à corregedoria. De acordo com as informações repassadas pelos representantes da Região Norte, esse conselheiro tem feito uso indevido do carro da instituição e carga horária para ir em reuniões particulares, deixando de atender as demandas relacionadas a violação de direitos das crianças.
O homem assumiu a suplência do Conselho Norte no período de 18 de abril a 22 de maio de 2022, em substituição a um conselheiro que estava com licença saúde. Neste período, o conselheiro suplente deixou acumular diversas demandas. Além disso, em conversa com o motorista da instituição, descobriram que ele já havia feito diversas corridas particulares ao conselheiro. Ainda, ele usou de diárias pagas pelo conselho, para fazer uma viagem de cunho particular.
Segundo os demais conselheiros, ao tomar conhecimento dos fatos, conversaram com este homem. Ele admitiu que utilizou do veículo destinado ao Conselho Tutelar para reuniões de cunho particular, fato que foi registrado em ata. Todas as reuniões internas do Conselho Tutelar são registradas em ata, inclusive esta que o colegiado norte apontou as irregularidades. Porém, o livro ata desapareceu, foi registrado em um boletim de ocorrência o desaparecimento da ata no dia 17 de junho.
Diante destas situações, a equipe do Conselho Tutelar Norte encaminhou um documento, registrando os fatos, para a Corregedoria dos Conselhos Tutelares de Caxias do Sul para a devida verificação. Também um ofício para conhecimento e providências foram encaminhados à Promotoria de Justiça e Fundação de Assistência Social (FAS) de Caxias do Sul. Esses documentos foram entregues entre os dias 21 e 30 de junho aos órgãos.
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O conselheiro por ser o primeiro suplente na linha de sucessão, atualmente, está atuando no Conselho Tutelar Sul de Caxias, durante a licença de outro colega.
Em nota os Conselheiros Tutelares, relatam que orientaram o colega sobre o fluxo de trabalho. Em duas reuniões o suplente foi orientado sobre o uso indevido do carro, conselheiros se mostram contrariados a situação, pois referem sobre a seriedade e responsabilidade que o órgão de proteção tem em suas atribuições de zelar e garantir os direitos das crianças e adolescentes.
A Corregedoria do município foi procurada pela nossa reportagem mas preferiu não se manifestar até o final da sindicância.
