Com a aproximação da colheita das uvas da safra 2022/2023, os produtores já pensam no preço mínimo da fruta. A definição deste valor é um ponto fundamental para garantir que os agricultores possam ter custos de investimentos cobertos. Por isso, representantes do setor foram a Brasília buscar uma definição.
Para garantir a cobertura do custo de produção, os sindicatos dos trabalhadores rurais entendem que deve haver um reajuste na casa dos 23%. Saindo dos atuais R$1,31/kg para R$1,61/kg. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, Ricardo Pagno destacou as negociações na Capital Federal em busca deste valor.
“As conversas foram muito positivas e temos aqui o compromisso que até metade de dezembro seja estipulado o preço mínimo. Não se tem definição ainda, até porque quem define isso é a reunião do Ministério da economia, através das indicações que a Conab inclui. (…) Mas as conversas foram bem positivas e o que nos sinalizaram aqui é que nosso custo de produção é bem próximo ao custo do que a Conab também realiza aqui e que serve como indicador.”
A definição do preço mínimo é feita através da Companhia Nacional de Abastecimento com posterior parecer do Ministério da Agricultura e aprovação do Conselho Monetário Nacional. Mesmo com a mudança de governo, Pagno não crê que a confirmação do preço mínimo da uva deva sofrer algum atraso.
“Não acreditamos nisso, até porque existe uma lei que tem que ser definido este preço mínimo até o dia 30 de novembro. Sabemos que isso vai acontecer no prazo, mas garantiram que até o dia 10 ou 15 de dezembro ele será divulgado. Então acredito que não vai ter interferência nenhuma nessa questão de transição do próximo governo para este ano” crê o presidente.
A comitiva foi composta pelo presidente da Frente Parlamentar da Vitivinicultura da Assembleia Legislativa, o deputado Elton Weber (PSB), presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, deputado Heitor Schuch, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves, Cedenir Postal e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, Ricardo Pagno.