O projeto social Médicos do Sorriso, de Caxias do Sul, completou 20 anos de atuação. Com o propósito de levar emoções positivas e bem-estar a pacientes de todas as idades, acompanhantes e profissionais da saúde durante momentos de dor em hospitais do Rio Grande do Sul, o grupo foi criado em 2004 pelo ator e diretor Davi de Souza. A inspiração foi o médico e palhaço norte-americano Patch Adams.
Brincadeiras, mágicas e música são algumas das ferramentas utilizadas pelos artistas para alegrar mais de 20 instituições de saúde gaúchas, impactando diretamente a rotina de 150 mil pessoas.
“Sempre levamos humanidade, com um olhar muito especial para cada pessoa que cruzamos pelo caminho. O trabalho dos Médicos do Sorriso é repleto de momentos incríveis e experiências inesquecíveis. Mesmo após 20 anos de atuação, esse contato com os pacientes ainda nos enche de emoção”, afirma de Souza.
Para registrar as duas décadas de história, no ano passado teve início a produção do livro Médicos do Sorriso: Levando Alegria desde 2004 (Editora Desdobra, 199 páginas). Na obra de linguagem carinhosa e lúdica, o escritor e clown Fernando Bins Sandi narra em detalhes a trajetória do grupo de “palhaços-médicos”. A obra conta com o conselho editorial de Guilherme Martinato e Marcos Mantovani.
“Essa ideia do livro era antiga. Com o olhar focado no grupo, consegui transformar em narrativa a atuação visceral e passional dos atores. Minha base, como não poderia ser diferente, foi o trabalho humanizado, extremamente relevante no processo de cura e adaptação dos pacientes. Por isso, minha principal intenção foi transformar o grupo em um ser humano”, explica Sandi.
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Paralelamente à produção do livro, o documentário Médicos do Sorriso: Uma Injeção de Alegria foi gravado ao longo dos últimos dois anos para ser lançado no aniversário de 20 anos do grupo. O diretor e jornalista Nivaldo Pereira, que também elaborou o roteiro, destaca sua longa relação com os Médicos do Sorriso, iniciada em 2004. O filme tem 44 minutos de duração, com produção executiva e fotografia de Daniel Herrera.
“É muito interessante ver o elemento surpresa da chegada dos ‘médicos’ nos quartos. O documentário é um convite para que o espectador entre nesse cotidiano, conheça a história, os bastidores, a preparação, as técnicas e os desafios enfrentados em cada corredor. Além das dificuldades, mostramos como esse trabalho é gratificante, emocionante e estimulante”, contextualiza Pereira.
O livro e o documentário foram apresentados na noite de segunda-feira (25), no Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho, em Caxias do Sul, em um evento viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
