Fundado no estado de São Paulo em 1962, o Centro de Valorização da Vida (CVV) chega aos 60 anos de atuação. Um serviço gratuito de prevenção ao suicídio e apoio emocional. Em 2021, foram cerca de 3,6 milhões de atendimentos no país. Ainda assim, o centro conta hoje com mais de 4 mil voluntários espalhados pelo Brasil, e outros 120 postos, sendo um deles na cidade de Caxias do Sul, que está presente há 10 anos na comunidade.
Da função aos dias de hoje muito mudou, facilitando a conversa aberta sobre o assunto, com destaque à criação do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro) e do Setembro Amarelo. São momentos para lembrar à sociedade sobre a relevância do assunto e a importância de se tratar o tema com transparência e seriedade. Buscando assim reduzir a estatística que aponta que a cada 45 minutos um brasileiro tira a própria vida.
“O CVV não é um instituto de psicologia, de psiquiatria, não é também um departamento de saúde. Ele é um serviço que presta apoio emocional a quem precisa conversar, com total sigilo e sem julgamentos” , destaca José Theodoro, voluntário em Caxias do Sul.
Na sua trajetória de 60 anos, mais de 40 milhões de atendimentos sigilosos foram realizados pelo CVV, sempre de maneira acolhedora e sem julgamentos. Dessa forma, aqueles que precisarem dos atendimentos, podem fazer pelo telefone 188.
Ações do Centro de Valorização da Vida
Neste ano, o CVV vai concentrar seus esforços junto à comunidade com palestras, rodas de conversa e informações sobre os cuidados com a saúde emocional e a importância de se falar sobre sentimentos. Além de mostrar a necessidade de conversar com pessoas próximas e, se necessário, procurar ajuda profissional.
Todas essas atividades também estão sendo realizadas em Caxias do Sul. Escolas, empresas, órgãos públicos e entidades de classe podem entrar em contato diretamente com o ponto do Centro de Valorização da Vida da cidade para agendar, pelo telefone (54) 3534-8408, e agendar as palestras. Na cidade, são cerca de 60 atendimentos diários.
“A nossa proposta é de ouvir as pessoas que precisam conversar”, destaca Theodoro.
Ainda assim, no último dia 10 de setembro o polo do CVV na cidade também realizou uma ação de conscientização na praça Dante Alighieri, com distribuição de materiais sobre o tema. Do mesmo modo, há também o CVV Comunidade, onde se formam grupos e as pessoas compartilham suas dores, além do Grupo de Apoio aos Sobreviventes de Suicídio (GAS).
Voluntários do CVV
Milhares de pessoas já foram treinadas pelo CVV e atuaram ou atuam como voluntários nesses atendimentos. Para se tornar um ceveviano, é necessário passar anteriormente pela Preparação para Seleção de Voluntários (PSV), um curso de duração de três meses, que acontece uma vez por semana. Posteriormente, nos primeiros três atendimentos ele ainda atua junto com outro voluntário para estar apto aos serviços.