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CCJ do Senado aprova decreto que reduz exigências para armas de fogo

Texto segue para votação em plenário após aprovação em regime de urgência, visando ajustes na política de armas do governo Lula

CCJ
Foto: Reuters / Pilar Olivares

Nesta quarta-feira (14), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o decreto legislativo (PDL 206/2024) que suspende partes do decreto presidencial nº 11.615/2023, assinado por Luiz Inácio Lula da Silva, que havia endurecido as regras para o uso de armas de fogo e a operação de clubes de tiro no Brasil.

O PDL, já aprovado pela Câmara dos Deputados, propõe a eliminação de certas exigências, como a obrigação de que clubes de tiro se localizem a pelo menos 1 quilômetro de escolas e a necessidade de certificado para armas de pressão. O texto também retira a obrigação dos atiradores esportivos de participarem de competições anuais com todas as armas registradas em seu nome, permitindo que o uso das armas seja diversificado para diferentes atividades.

O relator do projeto no Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), argumentou que a exigência de participar de competições com todas as armas contraria os princípios de segurança pública e dificulta a prática esportiva. Sobre a distância mínima de 1 km das escolas, o senador destacou que essa regulamentação deve ser competência dos municípios e que a medida poderia prejudicar a continuidade dos clubes de tiro já estabelecidos.

Sem oposição expressa entre os senadores presentes, a CCJ aprovou o regime de urgência para a matéria, que agora será votada pelo plenário do Senado.

Na Câmara dos Deputados, o PDL foi fruto de um acordo entre governo e oposição para ajustar a nova política de armas. O deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO), autor do projeto, explicou que o objetivo é ajustar o decreto presidencial para permitir que o tiro esportivo continue a ser praticado com segurança jurídica.