Comportamento

Casarão dos Veronese recebe turistas apenas por agendamento em Flores da Cunha

"Junto com as restrições do coronavírus, também tivemos as restrições impostas pela Lei Federal Nº 173" destacou a diretora do Departamento de Cultura de Flores da Cunha

Foto: Antonio Coloda / Rádio Amizade
Foto: Antonio Coloda / Rádio Amizade

O principal símbolo arquitetônico da imigração italiana em Flores da Cunha, e um dos únicos do Rio Grande do Sul, o Casarão dos Veronese, o qual já foi um dos pontos de maior destaque na área do turismo no município, hoje, só recebe visitas por agendamento. Por conta disto, este empecilho gerou uma certa revolta em alguns amantes do turismo, os quais apresentaram reclamações por conta do Casarão não estar de portas abertas ao público de forma integral.

Dadas as circunstâncias, a equipe de jornalismo do Grupo RSCOM entrou em contato com a diretora do Departamento de Cultura da administração municipal, Natalina Flavia Francisconi (Nata Francisconi) , para abordar o assunto.

Conforme Nata, durante este ano de 2021 e 2020, o Casarão ficou fechado por conta das restrições provocadas pela pandemia de Covid-19, tendo em vista que atualmente, só recebe visitantes por agendamento. “Por que por agendamento? Junto com as restrições do coronavírus, também tivemos as restrições impostas pela Lei Federal Nº 173, que limitou os gastos com o pessoal das prefeituras municipais. Então, hoje, não temos os profissionais que atuavam lá (Casarão)”, destacou Nata.

Segundo a diretora, até o ano de 2020, havia um estagiário e um funcionário com cargo em comissão, os quais eram responsáveis pela recepção dos visitantes no Casarão dos Veronese. “Não conseguimos substituir essas pessoas neste ano. No ano passado elas foram removidas do quadro. O estagiário terminou seu prazo de estágio, não sendo efetivado, e a pessoa que estava atuando (cargo em comissão) acabou sendo contratada só em abril deste ano e no momento está desempenhando outras atividades, pois o cargo não era exatamente para o Casarão dos Veronese. Era uma solução paliativa, e essas pessoas não foram recontratadas por conta das limitações da Lei Nº 173“, ressaltou a diretora.

Nata destacou que também há outros pontos turísticos que apresentam falta de funcionários para exercer o cargo, como por exemplo o Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi, o qual está com o quadro de profissionais reduzidos. “Não tem diretor de museu, não tem ninguém do artigo histórico. Nós temos uma pessoa realizando a recepção e auxiliando conforme as atividades” disse a diretora.

A Lei Complementar Nº 173 permanecerá em vigor até o 31 de dezembro deste ano e, segundo Nata, após este período de restrições, o Departamento de Cultura de Flores da Cunha está trabalhando, juntamente com a administração municipal, em um cronograma diferenciado a partir de janeiro de 2022. “Em janeiro esperamos poder oferecer uma programação mais completa sem a necessidade de agendamento, como ocorria em outras épocas quando a própria administração pública realizava eventos e agendamentos de atividades“, destacou Nata.

Casarão dos Veronese

Símbolo arquitetônico da imigração italiana na cidade, foi restaurado com recursos provenientes da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LIC). A Prefeitura Municipal participou com investimento de aproximadamente R$ 3 milhões.

O projeto do arquiteto Edegar Bittencourt da Luz propôs adequações ao projeto original elaborado em 2008, uma vez que pela passagem do tempo e com o aumento da degradação do prédio, algumas se tornaram defasadas e tecnicamente inadequadas.

Endereço: Estrada Olindo Carlos Toigo, 650

Localidade: Otávio Rocha

Agendamento: Tratar com o Departamento de Cultura de Flores da Cunha pelo fone (54) 3279.3600 – Ramal 272