A falência da Associação dos Profissionais Liberais Universitários, a Aplub, decretada pela Justiça em setembro de 2020, ainda rende, especialmente, aos ex-segurados. Isso porque, os administradores judiciais da marca, iniciam o pagamento de 9.259 credores. Os pagamentos de créditos trabalhistas e tributários, que possuem preferência por Lei, já foram pagos.
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O montante para este pagamento de ex-associados fica pouco acima de R$ 159 milhões. A quantia foi levantada com o leilão de bens da massa falida da Aplub, em venda realizada pelo leiloeiro Naio Raupp. Todavia, o valor é suficiente para quitar apenas 40% de cada dívida. Acredita-se que, ao final de todo processo, incluindo venda de outros bens (como a marca e jazigos no Rio de Janeiro), não haverá dinheiro suficiente para o pagamento integral das dívidas.
Ainda restarão as quirografárias, que englobam demais débitos. A soma é estimada em R$ 240 milhões.
A marca
A Aplub foi criada há 58 anos, indo a falência em 2020 com dívida de R$ 698 milhões e deixando 16 mil segurados sem qualquer tipo de rendimento. O valor da dívida era tão alto, que chegou a ser superior ao patrimônio da Aplub. Com a falência, a empresa deixa de existir, explica o administrador-judicial. Carteiras de clientes que foram vendidas serão operadas pelos compradores.
O decreto de falência da Aplub, à época, foi o maior registrado em Porto Alegre, tanto em número de credores como em volume total da dívida. Tanto que, cabe lembrar, a autofalência foi aprovada pela Vara de Direito Empresarial, Recuperação de Empresas e Falências da Comarca da capital gaúcha menos de um dia após a entrada da solicitação.