Mais de 5 mil hectares de produção agrícola sofreram com o excesso de chuva que ocorreu nos últimos dias, em Flores da Cunha. A estimativa é que o prejuízo seja de R$ 70 milhões, sem contar os danos estruturais. A Prefeitura convocou uma coletiva de imprensa e transmitiu na tarde desta quarta-feira, dia 22, para falar sobre o levantamento realizado.
A Secretaria da Agricultura, a EMATER e Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Flores da Cunha e Nova Pádua realizaram o relatório. A estimativa média é de 30% de perdas. Várias culturas tiveram estragos, principalmente: uva, pêssego, ameixa, caqui, cebola e alho. Estufas, galpões e aviários, estradas de produção e abastecimento de água das localidades também foram comprometidos.
Prefeitura segue trabalhando
A Prefeitura Municipal segue trabalhando para sanar todos os estragos provocados em diversas regiões do município. Os casos mais urgentes já foram ou estão sendo atendidos com prioridade. Em razão destes eventos climáticos adversos, o prefeito, César Ulian, decretou situação de emergência para o município na manhã de sábado, dia 18. Mais de 550 famílias foram atingidas no município e tiveram problemas com danos em telhados. Quase 24 mil m² de lonas foram distribuídas pela Prefeitura na sede do Corpo de Bombeiros.
O prefeito, César Ulian, afirma que em todos os momentos a administração municipal este junto à comunidade florense. “Por mais difícil que seja esse momento para todos, aos poucos, vamos reconstruindo as coisas, nos auxiliando mutuamente. Nos solidarizamos com todas as famílias que foram afetadas e nos colocamos sempre à disposição. Estamos todos juntos”, conclui Ulian.
A secretaria de Obras e Serviços Públicos já mapeou 32 pontos de estragos em diversos locais, com problemas de infraestrutura. O trabalho é feito por servidores com o auxílio de caminhões, retroescavadeiras, entre outros maquinários. Até o momento, apenas a estrada que liga o município a Otávio Rocha segue obstruída.
De acordo com o secretário da pasta, Lucas Carenhato, esta força-tarefa deve seguir por dois meses devido a tamanha demanda e ocorrências registradas. “Demais serviços rotineiros da Prefeitura e o cronograma serão executados posteriormente”, afirma Carenhato.
Durante os últimos dias foram intensificados serviços de desobstrução de vias e sistemas de drenagem, além remoção de árvores caídas e detritos nas ruas. A média de chuva registrada durante o temporal superou os 240 mm, volume alto para pouco tempo, sobrecarregando os sistemas de escoamento pluvial. Entretanto, o acumulado chegou a 350 mm apenas entre os dias 13 e 19 de novembro.
Os estragados atingiram também o abastecimento de energia elétrica. De acordo com a Rio Grande Energia (RGE), 15 postes de luz foram danificados e 30 eventos de falta de energia registrados. Já a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), informa que seis estações de bombeamento foram comprometidas pela falta de energia e/ou rompimento de adutoras.
Os impactos na educação
Na área da educação, duas escolas, sendo a 1° de Maio e Irmã Tarcísia, foram as mais atingidas pelo temporal. Medidas de contenção, como a troca de telhas de fibrocimento mais danificadas, colocação de lonas nos telhados e manta asfáltica nos buracos menores, foram feitas para minimizar os prejuízos causados pela chuva de granizo.
Uma força-tarefa, que ocorreu no sábado e domingo, dias 18 e 19, respectivamente, entre a Prefeitura e a comunidade escolar, com o auxílio de voluntários, garantiram que as aulas fossem realizadas.
Em virtude da previsão de chuva para esta quarta-feira, dia 22, as aulas na escola 1° de Maio ocorreram de forma remota.
*Com informações da Prefeitura de Flores da Cunha