Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (8), a prefeitura de Caxias do Sul apresentou os primeiros estudos contratados junto da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) referentes ao Aeroporto Regional de Vila Oliva. Dentre os números, uma possibilidade de receber mais de um milhão de passageiros já no primeiro ano de operação, que está previsto para 2026. E ainda prevê cerca de 2,5 milhões por ano em um período de 35 anos após implementação.
Dessa forma, os estudos, que tiveram início em março de 2022, contaram com diagnósticos e visitas técnicas a municípios e entidades de cidades próxima. Esta entrega realizada pela EPL levou a denominação de “produto I”, e para chegar a conclusão, foram abordados a perspectiva de crescimento populacional, industrial, agrícola e de serviços, além de um estudo de mercado. No documento, está presente a potencial demanda de passageiros e cargas que o novo empreendimento pode receber até 2050.
Potenciais demandas
Sendo assim, existe perspectiva de que já no primeiro ano o Aeroporto Regional de Vila Oliva possa receber cerca de 1,3 milhão de passageiros (soma do cenário base + cenário potencial na imagem abaixo). Enquanto, se mantiver apenas a operação do Hugo Cantergiani, no mesmo ano pode chegar a 272 mil pessoas/ano. Para 2050, último ano das previsões do documento, a estimativa é de que chegar a cerca de 2,5 milhões.
“Isso vai depender da estrutura que tivermos e de quem estiver operando o aeroporto. Mas já traz uma amostra importante do potencial. Com esse volume de pessoas, Vila Oliva seria um dos aeroportos mais importantes da Região Sul, podendo ser também um HUB para atender o interior do estado e acessar outras regiões do Brasil”, destacou o Secretário de Parcerias Estratégicas, Maurício Batista da Silva
Ainda assim, no que diz respeito as movimentações de cargas, no primeiro ano de operação, e com todos os investimentos necessários, a previsão é de cerca de 523 toneladas. Já para 2050, o valor pode chegar em 1.500 toneladas.
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Durante a coletiva, o secretário municipal de parcerias estratégicas, Maurício Batista da Silva, sinalizou que hoje a arrecadação com o Hugo Cantergiani somente com as taxas de embarque (R$28), não supera os R$3,5 milhões anuais. Com o novo Aeroporto de Vila Oliva, este número pode subir para R$20 milhões já no primeiro ano. Cifras que não consideram alugueis de espaços dentro do empreendimento.
Trajeto até o Aeroporto
Durante a coletiva de imprensa, o prefeito Adiló Didomenico apresentou um estudo da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan) sobre o traçado das estradas até o novo aeroporto. Neste, foi confirmado que será pelo trecho que passa pelas localidades de Bem-te-vi e Santa Cruz, no interior do municipio.
Anteriormente, havia sido considerada uma rota alternativa por Tunas Altas, apresentada pela própria comunidade, mas não foi confirmada não pode ser seguida.
Continuidade dos estudos e cenários
Agora, os estudos junto à EPL seguem até o mês de outubro, onde, no que foi denominado de “produto II“, será apresentado o indicativo de estrutura, financiamento, pré-viabilidade do aeroporto e contrapartidas.
Sobre estes, Maurício Batista da Silva apresentou os três possíveis cenários de operação para o novo Aeroporto Regional de Vila Oliva. No primeiro, a ampliação, operação de manutenção do novo aeroporto. No segundo, seria um acréscimo do primeiro cenário com a construção dos acessos viários. Já no terceiro, uniria os dois cenários anteriores, onde uma empresa (a ser contratada) também assumiria a gestão do Aeroporto Hugo Cantergiani até o início da operacionalização do novo espaço, e promoveria melhorias no atual local.
“A melhor alternativa será apontada no estudo, mas a nossa intenção seria fazer uma única concessão para os dois aeroportos. O parceiro privado investiria no Hugo Cantergiani, que precisa de manutenção, faria o acesso rodoviário ao novo aeroporto e depois receberia a concessão para operar quando Vila Oliva estivesse pronto”, explicou o secretário.
Entretanto, a aplicação destes cenários deve ficar apenas para 2023, como concluiu Batista na coletiva.