Polícia

Advogada e líder de facção são presos suspeitos de atentado contra promotor de Justiça de Teutônia

Tentativa de homicídio contra Jair João Franz ocorreu em 17 de agosto

Desavença entre advogada e líder de facção com o promotor de Justiça está na linha de investigação
Desavença entre advogada e líder de facção com o promotor de Justiça está na linha de investigação (Foto: MPRS/Divulgação)

Três pessoas foram presas, nesta quinta-feira (24), suspeitas de envolvimento em um atentado contra o promotor de Justiça Jair João Franz, em Teutônia. Entre os suspeitos, está um líder de facção de Porto Alegre, o suposto executor e uma advogada. Os mandados foram cumpridos também Arroio dos Ratos e Bom Retiro do Sul. A investida foi coordenada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e pela Polícia Civil.

Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, além de outros pessoas suspeitas. Além disso, foi deferido o pedido por parte do MPRS para coleta de material genético para buscar confirmação com os encontrados no local do crime.

Em entrevista coletiva, o procurador-geral de justiça, Alexandre Saltz, destacou a união dos órgãos de segurança na investigação deste atentado contra o promotor de justiça de Teutônia, e afirmou que não serão tolerados ataques como este.

“Em poucos dias, conseguimos esclarecer os motivos e quem está por trás desse atentado. Então, como chefe do MPRS, quero agradecer pela resposta das forças de segurança e mostrar que quando atentarem contra um promotor, colocaremos quantos promotores forem necessários para mostrar que isso não se aceita”.

Por parte do MPRS, a investida foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O coordenador do Núcleo de Inteligência do MPRS, André Dal Molin, também destacou a união dos agentes de segurança.

“Desde o primeiro dia, das primeiras horas, o MPRS já se deslocou para Teutônia e já começamos, desde ali, a fazer a investigação com a Brigada Militar e com a Polícia Civil. Avançamos muito nas primeiras horas da madrugada numa linha de investigação que já indicava que se tratava de um atentado em razão das funções desenvolvidas pelo promotor de Justiça”.

De acordo com o Ministério Público, a motivação do atentado seria desavenças da advogada e do líder local da facção (presos nesta quinta) com o promotor de Justiça, atuante no combate ao crime. A investigada já havia ordenado Franz, em clara ameaça, que ele fosse “embora de Teutônia” e dito que ele “iria pagar tudo o que tem feito”.