JULGAMENTO

Acusada de matar e enterrar filha recém-nascida é condenada a 25 anos de prisão no Vale do Caí

Insatisfeita com a gravidez extraconjugal, mãe intencionalmente deixou a filha cair e, após, enterrou o corpo no quintal

Acusada de matar e enterrar filha recém-nascida é condenada a 25 anos de prisão no Vale do Caí

Silvane Deboer Petry, de 48 anos, acusada de matar e enterrar filha recém-nascida ao deixá-la cair no chão logo após o parto, foi condenada pelo Tribunal do Júri da Comarca de São Sebastião do Caí nesta quinta-feira (24). O Conselho de Sentença acolheu a tese da acusação e condenou a ré por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A pena total foi fixada em 25 anos e 20 dias de reclusão em regime inicial fechado. Segundo o Ministério Público (MP), o crime foi cometido por motivo torpe, pois Silvane teria a intenção de ocultar um relacionamento extraconjugal e evitar a criação de um filho fora do casamento.

O Júri

O julgamento foi presidido pela Juíza de Direito Priscila Anadon Carvalho, da Vara Judicial da Comarca de São Sebastião do Caí. A sentença foi lida por volta das 17h pela magistrada, que determinou a prisão da ré para a imediata execução de condenação. Foram ouvidas em plenário uma testemunha de defesa e a acusada, em interrogatório. O Ministério Público foi representado pela Promotora de Justiça Lara Guimarães Trein, enquanto a defesa esteve a cargo das Advogadas Maria Eduarda Vier Klein e Jessica Freisleben.

O Fato

De acordo com o Ministério Público, o crime ocorreu em 1º de setembro de 2014, em horário não especificado, no bairro Vila Rica, em São Sebastião do Caí. Silvane estava insatisfeita com a gravidez resultante de um relacionamento extraconjugal. Durante toda a gestação, ela escondeu a gravidez e, após o nascimento da criança, teria intencionalmente deixado a recém-nascida cair, causando a morte. Logo após o homicídio, Silvane ocultou o corpo, enterrando-o nos fundos de sua casa. O cadáver foi encontrado pela filha adolescente da ré, que desconfiou do comportamento da mãe durante a gravidez e no dia da morte. A jovem também percebeu que o cachorro da família chorava próximo ao local onde Silvane estivera e, ao verificar, encontrou parte do corpo do bebê enterrado. Na oportunidade, a adolescente relatou a descoberta ao ex-namorado, que, por sua vez, informou o pai dela. O pai acionou a polícia, que desenterrou o corpo do recém-nascido.