A região serrana do Estado é uma das já afetadas pela dificuldade do transporte de cargas devido ao transtorno causado pelos temporais que ocorrem desde segunda-feira (29). Fato que tem gerado dificuldade para o setor de transporte de mercadorias e logística, tendo em vista os vários bloqueios em rodovias federais e estaduais.
Empresas do segmento enfrentam desafios para garantir a mobilidade e a entrega de mercadorias, segundo informa o Sindicato dos Transportes de Cargas do Estado (Setcergs). Pelo menos 18 trechos estavam totalmente interditados, enquanto quatro tinham bloqueio parcial na tarde desta quarta (1º). A entidade sindical ainda pondera a ocorrência de mais de 50 pontos com tráfego restrito nas estradas estaduais.
Por causa da situação, o risco imediato de desabastecimento é parcial, mas a direção da entidade salienta que medidas urgentes são necessárias para evitar problemas futuros. O presidente, Sérgio Mário Gabardo, manifesta preocupação não só pelo cenário atual, mas pelas condições das estradas e o custo dos deslocamentos.
“O povo do Rio Grande do Sul já vinha enfrentando uma estiagem e duas enchentes. Se antes já tínhamos estradas mal conservadas e mal sinalizadas, agora acabou de vez. Em situações de catástrofes naturais é inadmissível permanecer sendo feita a cobrança de tarifas de pedágio. Há de se entender que muitos deslocamentos estão sendo feitos para socorro ou atendimentos de uma emergência”, lamenta.
Na tarde desta quarta, a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) anunciou a suspensão da cobrança do pedágio free flow entre o Vale do Caí e a Serra Gaúcha.
Ainda conforme o Setcergs, um dos pontos críticos é na região do Vale do Taquari, que registra 93km da BR-386 totalmente impedidos de tráfego, entre Lajeado e Soledade. Devido ao quadro, cargas da região metropolitana para Serra Gaúcha, Região Central e Região Norte estão sem previsão de entrega.