Na quinta-feira (7) representantes da empresa responsável pelo transporte público coletivo de Caxias do Sul, a Visate, apresentaram na Câmara de Vereadores, em reunião da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação, uma proposta de aporte financeiro no valor de cerca de R$ 3 milhões por mês, para evitar o aumento da tarifa.
Segundo o vereador Wagner Petrini (PSB), a empresa ainda informou que se não ocorrer a ajuda financeira a mesma poderá entrar em colapso administrativo, ou repassar o valor integral para a tarifa, que pode chegar ao valor de R$ 7.90.
O secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willembring Júnior, declarou em entrevista a nossa reportagem que a empresa não entrou em contato com a prefeitura sobre este assunto.
“Hoje nós temos um contrato com previsão de revisão em março de 2022, isso é o que está posto, soube pela imprensa, que a própria concessionária teria procurado a Câmara de Veradores e teria sugerido, um valor até acho isso um pouco equivocado porque sugerir a Câmara me parece estranho de 3 milhões de reais ao mês, não sabemos de onde saíram esses cálculos, de onde saiu esse valor, não temos essa informação, a prefeitura não recebeu essa informação e enfim aguardamos ai para ver o que está ocorrendo de fato com a concessionaria.”
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Willembring ressaltou que há dois meses, a prefeitura e a Visate, com intermediação do Ministério Público tem uma negociação a respeito de perdas provocadas pela pandemia, resultantes dos meses de março de 2020 a maio de 2021. O secretário acredita que, assim como todo o mundo, sim ocorreram perdas, inclusive no mês de abril do ano passado houve uma redução de 60% nos usuários do transporte, gerando danos financeiros a empresa.
Mas mesmo em meio a pandemia, destacou ele, a Visate participou de uma licitação e aceitou o valor da passagem a R$4,75. Além disso, até o momento não apresentou, nesta negociação a documentação que comprova os cálculos e valores solicitados.
O secretário de Trânsito reforça que a ideia da prefeitura é que a negociação fique entre o poder público e a empresa, não atingindo a população. Pois na visão de Alfonso Willembring a passagem já está cara. Portanto, a secretaria aguarda o contato da Visate ou da Câmara de Vereadores para tratar do assunto e ai pensar em estratégias.
