Quando o relógio marcou meia noite na terça feira (3), pôs fim a 21 anos de serviços prestados pela Concepa à BR 290, a famosa Freeway. Isto ocorreu pois a empresa negou o adiamento emergencial proposto pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) devido à queda no preço dos pedágios.
Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para manter os serviços básicos como: garantir a segurança e a iluminação das praças de pedágio e operar o vão móvel da ponte do Guaíba durante os próximos sete meses serão necessário R$ 40 milhões de reais, destinados a uma empresa já contratada.
O Governo Federal estima que uma nova concessionária chegará em fevereiro de 2019 para dar continuidade aos serviços e atuar também nas BRs 101, 386 e 448.
O superintendente do Dnit no Estado, Allan Machado comenta que é uma situação bastante peculiar e que o órgão está buscando a estrutura necessária para dar continuidade aos serviços, porém alguns param de funcionar, como é o caso do atendimento de ambulâncias e guincho, em contrapartida a cobrança de pedágio fica suspensa até que outra empresa assuma.
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A empresa contratada pelo Dnit para operar o vão móvel da ponte do Guaíba também fica responsável pela segurança e iluminação das praças de pedágio, uma licitação será feita nos próximos dias para os consertos emergenciais na BR-290.
O departamento segue na busca de recursos federais, pois nos últimos anos, os valores repassados pela União estão diminuindo, em alguns momentos gerando a paralisação de obras.
Quem também irá sofrer com essa perca, serão os usuários que estavam acostumados com uma rodovia classificada como “ótima” em pesquisas da Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Concepa mantinha disponíveis quatro ambulâncias e 11 guinchos para operar de Eldorado do Sul a Osório.
Os serviços de atendimentos a ocorrências serão feitos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) dos municípios.
Os municípios de Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Osório, Santo Antônio da Patrulha e Porto Alegre, onde haviam as praças receberam no ano passado cerca de R$ 13,6 milhões referente ao Imposto Sobre Serviços (ISS), com o fim da concessão, eles deixam de receber o valor que em muitas vezes era utilizado para outros setores da administração pública. Outro ponto que está preocupando os administradores é o fato de uma possível sobrecarga da SAMU que já tem muitas ocorrências diárias, o que pode agravar a demora no atendimento.
Cerca de 400 funcionários serão demitidos, e os avisos-prévios já começaram a ser assinados. Isso também irá afetar a economia de famílias e municípios.
