Menos de três meses depois de assumir a administração do Aeroporto Internacional Salgado Filho, no dia 2 de janeiro, a alemã Fraport lançou nesta quinta-feira, dia 22, a pedra fundamental das obras de expansão do Terminal 1 e da pista de pouso e decolagem do aeroporto na capital gaúcha.
As obras, executadas pelo consórcio HTB, Tedesco e Barbosa Mello, contratado em janeiro deste ano, iniciaram com a construção de uma subestação de energia e a demolição de uma estrutura inacabada para ampliar a capacidade atual de passageiros do Terminal 1.
A CEO da Fraport Brasil-Porto Alegre, Andreea Pal, afirmou que passageiros e parceiros de negócios serão beneficiados diretamente por um terminal maior e mais confortável e por uma infraestrutura de airside que atenda aos requisitos de segurança internacionais.
“Nossa meta é criar um portal aeroportuário moderno, eficiente e focado no cliente. Nossa experiente equipe local está trabalhando para oferecer o nível mais alto de qualidade em serviços, operação e segurança”, disse.
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A primeira etapa, que prevê também a ampliação do pátio de aeronaves, a implantação de um novo sistema de bagagens e a construção de um edifício-garagem, deve estar concluída até outubro de 2019. Ao todo, as obras devem se estender até 2021, com a ampliação da pista, que tem hoje 2.280 metros de comprimento e ganhará mais 920 metros. Os investimentos devem chegar a R$ 1,5 bilhão.
O governador José Ivo Sartori acredita que o ato é o “começo de uma nova realidade”. “Podemos dizer que estamos diante de um dos cinco investimentos mais significativos para a economia do Rio Grande do Sul na última década”, comemorou, se referindo ao “efeito multiplicador de benefícios” em logística, geração de emprego, atração de turismo e negócios.
A previsão é gerar até 700 novos empregos diretos nas obras de ampliação do Porto Alegre Airport, a marca usada pela empresa alemã, e a intenção é concluir dentro do prazo. Detlef Dralle, presidente do grupo HTB, que opera no país há meio século, parte desse período como Hochtief do Brasil, garantiu que o consórcio “vai mostrar mais um exemplo do Brasil que dá certo”, garantindo entregar as obras contratadas “no prazo, dentro do orçamento e com qualidade”.
Para cumprir a promessa, será preciso resolver o problema da remoção de 364 famílias da Vila Nazaré, exigida pelas normas internacionais para a criação de zonas de segurança da pista ampliada, porque fica no limite da área atual do aeroporto. O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, informou que a prefeitura está acompanhando o processo, e que o entrave está no recadastramento das famílias que têm direito à moradia.
