Comportamento

Audiência pública do transporte coletivo urbano durou cerca de 4hs em Caxias do Sul

Foto: Tales Giovani Armiliato / Câmara
Foto: Tales Giovani Armiliato / Câmara

Uma audiência pública promovida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação (CDUTH), nesta quinta-feira (09/12), no plenário da Câmara Municipal, detalhou algumas situações pelas quais passa o transporte coletivo urbano em Caxias do Sul.

Participaram deste ato presencialmente os vereadores, equipe da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, lideranças comunitárias, além de diversas pessoas acompanharam de forma virtual. A audiência foi transmitida pelas redes sociais do Legislativo (Facebook e Youtube). A reunião registrou quase quatro horas de duração.

O secretário de Trânsito, Alfonso Willembring Jr., afirmou que o debate foi “proveitoso”. Segundo ele foi uma oportunidade de esclarecer a situação do transporte e responder os diversos questionamentos da população.

Willembring destacou que os aportes financeiros a concessionária foram um dos temas debatidos. No mês de novembro, foi aprovado um auxílio emergencial para a empresa não entrar em colapso devido a crise financeira. Contudo, para que não seja aumentado o valor tarifário, a prefeitura destinará, por hora, mensalmente um valor de subsídio a Visate.

O secretário esclareceu que o calculo tarifário é feito em cima de uma média de pessoas que circulam mensalmente, mais despesas, mais uma projeção de custos futuros, divididos chegam ao valor, atualmente de R$4,75. As passagens gratuitas, também são dividas e pagas pela população que utiliza o transporte coletivo.

“Pensando nisso enviamos ao legislativo, não a título de auxílio emergencial, mas a título de subsídio, que a gente possa a exemplo de centenas de municípios ai no Brasil, oferecer um subsídio mensal conforme a necessidade trazendo o equilíbrio ao sistema financeiro, sem que isso represente aumento do custo da passagem, é essa a finalidade, essa foi uma das principais causas da convocação da audiência pública. O aporte mensal ele deve ser feito através da aquisição de passagens para as pessoas que fazem jus a gratuidade.”

Está previsto para o mês de fevereiro ocorrer uma revisão tarifária. Em janeiro costumeiramente ocorre o acerto do dissídio dos funcionários do transporte, valor que também agrega na tarifa, por isso, em fevereiro será recalculado o valor da passagem. A expectativa de Alfonso Willembring é que o subsídio mensal equilibre as despesas, permitindo assim, que o valor atual permaneça no ano que vem.

O presidente da União das Associações de Bairros (UAB), Valdir Walter, relatou alguns transtornos pelos quais os moradores têm passado, em razão da redução nas linhas e atrasos na passagem dos ônibus pelos bairros e loteamentos. O longo intervalo entre um ônibus e outro para determinadas regiões também foi criticado pela líder comunitária do bairro Reolon Tania Giordano. Sobre as denúncias de irregularidades no transporte o secretário deixou a central da Fiscalização de Trânsito, 118 a disposição. Pois, segundo Willembring são 90 linhas e mais de 200 ônibus circulando diariamente, não sendo possível a fiscalização acompanhar tudo ao mesmo tempo.