A insegurança no tráfego de motoristas e pedestres no trecho urbano da Rota do Sol, em Caxias do Sul, motivou um grupo de moradores da região a organizar um protesto para o dia 11 de dezembro, quarta-feira, às 17h. Em função dos constantes acidentes e atropelamentos no acesso aos bairros Cidade Nova, São Giácomo e Reserva do Vale, as comunidades do entorno buscam junto ao poder público e a concessionária responsável pela rodovia, a Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), autorização para a instalação de um conjunto de semáforos no local.
Conforme os moradores, a obra seria uma medida paliativa até a realização da obra de duplicação da Rota do Sol – de responsabilidade da CSG – que inclui a reformulação de diversos acessos na rodovia, entre o trecho do viaduto Torto até o viaduto de acesso à Flores da Cunha.
Segundo os organizadores do movimento, os equipamentos já foram comprados por um grupo de empresários ao custo de R$ 70 mil e falta somente a permissão da empresa concessionária para que os semáforos sejam instalados. A presidente do bairro Cidade Industrial, Marseli Salmin, explica que a região historicamente registra acidentes praticamente todos os dias, sem que haja uma iniciativa consistente do poder público em realizar investimentos no trecho.
“Moro no Cidade Industrial há 25 anos e, há pelo menos 20 anos, em conjunto com a comunidade, estamos buscando melhorias nos vários trevos de acesso que são perigosos em Caxias do Sul. Ali no trecho da Fundação Marcopolo, foram feitos vários protestos e encaminhados vários pedidos, mas no período em que o Daer cuidava do trecho nada foi feito, somente promessas. Quase todos os dias têm acidentes, e semanalmente acidentes mais graves, e isso tá piorando muito, porque os motoristas que vêm pela Rota do Sol não respeitam a velocidade”, afirma a presidente.
Marseli relata que já foi vítima de um acidente enquanto estava no interior de um ônibus que trafegava nas proximidades do trevo de acesso à Estrada dos Romeiros. Ela demonstra preocupação quanto a possibilidade de novos acidentes com risco de morte na região.
“Todo acidente deixa algum tipo de trauma. Eu uso ônibus diariamente e já me acidentei ao fazer a travessia para a Rota do Sol, quando o motorista de um caminhão colidiu com o coletivo em que eu estava, deixando vários passageiros feridos. É um trauma que fica, então toda vez que eu preciso atravessar por ali, fica um medo e insegurança”, comenta.
A mobilização ocorre junto ao próprio trevo, no km 73 da Rota do Sol. O ato será monitorado pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e deve interromper o tráfego de veículos por poucos minutos.