Rio Grande do Sul - A Serra Gaúcha vai receber R$ 49,8 milhões em investimentos para a criação de vias alternativas de emergência dentro do novo pacote de obras anunciado pelo governador Eduardo Leite nesta quarta-feira (3). O governo do Estado afirma direcionar os recursos para garantir rotas seguras em situações de enchentes, deslizamentos e bloqueios de estradas, fortalecendo a mobilidade e a proteção das comunidades da região.
| Cidade | Extensão | Investimento |
|---|---|---|
| Bento Gonçalves | 7,3 km | R$ 6,4 milhões |
| Cotiporã | 12,8 km | R$ 6,4 milhões |
| Nova Petrópolis | 3,7 km | R$ 17,2 milhões |
| Santa Tereza | 5,6 km | R$ 5,7 milhões |
| Veranópolis | 6,5 km | R$ 7,7 milhões |
| Serafina Corrêa | 2 km | R$ 5,4 milhões |
| União da Serra | 600 metros | R$ 1 milhão |
O pacote integra o programa Rotas de Resiliência e prevê mais de R$ 250 milhões em investimentos em 28 municípios do Rio Grande do Sul. As obras vão beneficiar também cidades do Vale do Taquari, Vale do Rio dos Sinos, Litoral, Norte, Noroeste, Planalto e Região Metropolitana. O governo firmará convênios diretos com os municípios para execução das intervenções.
Do total anunciado, o Estado vai aplicar R$ 122,6 milhões por meio da Secretaria de Logística e Transportes (Selt) e do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Outros R$ 127,6 milhões seguirão via Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), com recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).
Declarações e Impacto dos Investimentos
Durante o anúncio, Eduardo Leite destacou que o governo aposta em prevenção, segurança e continuidade da economia.
“As Rotas de Resiliência representam segurança para as famílias, previsibilidade para a economia e rapidez para as equipes de socorro. Investimos para que, diante de enchentes ou bloqueios, o Estado não pare. O Rio Grande do Sul se reconstrói com inteligência e visão de futuro”, afirmou.
O secretário-adjunto de Logística e Transportes, Clovis Magalhães, disse que o Estado vive um ciclo histórico de investimentos em infraestrutura com foco na prevenção. Segundo ele, as obras priorizam a resiliência viária e a redução de riscos em eventos extremos.
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Já o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, ressaltou que as novas rotas vão impactar diretamente a vida da população. De acordo com ele, as obras vão melhorar a ligação entre cidades e regiões e ampliar a segurança dos moradores.
O secretário da Sedur, Fernando Classmann, lembrou que as enchentes recentes mostraram a necessidade urgente de vias alternativas. Segundo ele, em 2024, deslocamentos curtos entre cidades vizinhas chegaram a exigir até quatro horas a mais por causa de bloqueios. “O socorro não pode esperar. Criar rotas alternativas virou uma responsabilidade permanente”, afirmou.
Funrigs e a Reconstrução Gaúcha
Os recursos fazem parte do Funrigs, fundo criado para estruturar ações de enfrentamento às consequências das catástrofes climáticas de 2023 e 2024. O secretário de Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, informou que o fundo já soma mais de 180 projetos em andamento, com investimentos que ultrapassam R$ 13 bilhões em todo o Estado.
Para Leite, as obras representam mais do que reconstrução. “Estamos modernizando o Estado, garantindo dignidade, oportunidade e esperança. Cada obra anunciada hoje prepara o Rio Grande do Sul para o futuro e protege milhares de famílias”, afirmou.
Na Serra Gaúcha, o investimento de R$ 49,8 milhões vai permitir a criação de caminhos alternativos estratégicos, aumentar a segurança da população e reduzir os impactos de novos eventos climáticos sobre a mobilidade, a economia e o acesso a serviços essenciais.
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