DEBATE

Líder do governo na Câmara defende uso de pardais para prevenção de acidentes em Caxias do Sul

Segundo Daniel Santos, dados revelam que 98% dos veículos já respeitam a sinalização

Uso de pardais para prevenção de acidentes é defendido por líder do governo na Câmara de Caxias. Foto: Guilherme de Paula/Câmara Caxias.
Uso de pardais para prevenção de acidentes é defendido por líder do governo na Câmara de Caxias. Foto: Guilherme de Paula/Câmara Caxias.

O uso dos controladores de velocidade (pardais) foi defendido pelo líder de governo, vereador Daniel Santos (Republicanos), na sessão ordinária desta quarta-feira (30), na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. O parlamentar explicou que os mecanismos, anunciados pela prefeitura e que gerou polêmica no plenário, vão funcionar no sentido de coibir acidentes.

Segundo Santos, o prefeito Adiló Didomênico (PSDB) disse que a intenção dos radares não é multar, já que a colocação de pardais estará em locais bem sinalizados, para que não se torne uma máquina de arrecadação.

Além disso, defende que lombadas não resolveriam os perigos na Avenida Perimetral Bruno Segalla, e quebra-molas causariam lentidão no trânsito, uma vez que os carros teriam que diminuir a velocidade para seguir no percurso.

Segundo ele, surgiram informações em um documento sobre colocação de pardais portáteis em certos pontos, o que seria um equívoco, inclusive porque esse tipo de pardal é um mecanismo antiquado e nem mais utilizado.

Neste sentido, o republicano anunciou que, nesta quinta-feira (31), o titular da Secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), Alfonso Willembring Júnior, estará na Câmara para tratar do assunto e assim sanar dúvidas.

Debate e Repercussão na Câmara sobre Pardais

Nos apartes, Calebe Garbin (PP) sugeriu ao Executivo uma coletiva de imprensa devido à magnitude do assunto, com apresentação de dados técnicos nessa coletiva. Cláudio Libardi (PCdoB), por sua vez, aponta que o problema foi o modelo de comunicação, pelo fato de o prefeito ter falado que não haveria radares, e agora diz o contrário.

Por fim, o republicano discorreu sobre o projeto de lei 168/2025, do vereador Hiago Morandi (PL), que busca proibir autuação de infração de trânsito por meio de imagens de videomonitoramento. A proposição, observa Santos, só excluiria as autuações já previstas com radares e medidores de velocidade.

Segundo o líder de governo, as câmeras de monitoramento não serão utilizadas para multas, mas ele observa que o projeto passa a impressão oposta. O republicano ressalta que as câmeras de videomonitoramento somente podem ser usadas como evidência em casos de acidentes e não para multar motoristas em caso de infração.