O SIndiserv se posiciona totalmente contrário à possibilidade de privatização do Samae. A informação parte do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul, por meio da presidente do sindicato, Silvana Piroli, após o Governo do Estado comunicar a inclusão de Caxias em um estudo contratado para a privatização de água e esgoto em 176 municípios gaúchos.
Segundo Silvana, o Samae tem uma longa história de dedicação e zelo com a produção de água e esgoto para que a cidade seja melhor e tenha uma maior qualidade de vida.
“Nós não aceitaremos sequer a ideia de privatizar o Samae. Ele foi construído com os recursos dos impostos de todos os caxienses e vem operando nessa cidade há muitos anos sendo responsável pela água, saneamento e tratamento de esgoto. O Samae é nosso, é do povo de Caxias”, reforça.
Para realizar o estudo, o governo Leite contratou o Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável que desenvolve projetos de concessão e PPPs.
Atualmente, o Samae conta com seis estações de tratamento de água, abastecidas por seis bacias de captação. Conforme a autarquia caxiense, os sistemas de abastecimento passam por rigorosos processos a fim de garantir a plena qualidade da água fornecida à cidade. Já o tratamento de esgoto conta com dez estações responsáveis pela remoção de poluentes presentes nos dejetos e devolvendo ao meio ambiente a água sem impurezas.
Diretor-presidente do Samae rechaça privatização
Na quinta-feira (30), o diretor-presidente do Samae de Caxias do Sul, João Uez, também se manifestou de forma categórica contra qualquer possibilidade de privatização da autarquia municipal de água e esgoto. Em entrevista ao programa Entre Amigos, da Rádio Viva 94.5 FM, Uez criticou a inclusão de Caxias do Sul no estudo contratado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Segundo ele, a situação causa estranheza, já que o Samae é uma referência estadual e federal no serviço.
“Temos 99% de cobertura de água na área urbana, 93% do esgoto coletado e uma das 10 melhores águas do Brasil. É um serviço de qualidade, prestado por servidores técnicos e comprometidos com a cidade”, afirmou.
Estudo de Viabilidade e Metas de Saneamento
O levantamento técnico está a cargo do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS), ligado ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A conclusão está prevista para sete meses, mas o governo estadual planeja iniciar as conversas com as prefeituras já em setembro.
Segundo o secretário da Reconstrução, Pedro Capeluppi, o objetivo é construir uma proposta em parceria com os municípios. A decisão final cabe às prefeituras, que são titulares do serviço. Em cidades maiores, como Caxias do Sul, há a possibilidade de manter ou conduzir suas próprias concessões.