INVESTIGAÇÃO

Universidade busca causas para tragédia com ônibus que matou sete pessoas em Imigrante

Até o momento, permanecem suspensas todas as viagens institucionais com ônibus, micro-ônibus e vans da UFSM

Acidente com ônibus de estudantes deixa mortos e feridos em Imigrante, no Vale do Taquari. Foto: Reprodução Portal Rádio Integração.
Acidente com ônibus de estudantes deixa mortos e feridos em Imigrante, no Vale do Taquari. Foto: Reprodução Portal Rádio Integração.

Permanece a busca pelos motivos que resultaram no acidente com ônibus que vitimou sete pessoas na última sexta-feira (4), em Imigrante, no Vale do Taquari. O reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Luciano Schuch, por meio das redes sociais da instituição, se pronunciou oficialmente e afirmou que a universidade permanece em luto oficial após o trágico acidente com um ônibus da instituição e está comprometida em apurar as causas da tragédia.

Segundo ele, uma investigação interna será aberta para apurar o ocorrido.

“É muito importante a gente instaurar uma sindicância para averiguar o que causou esse trágico acidente na nossa universidade. Ela vai identificar em que condições estava o nosso ônibus e vai identificar a questão da manutenção”, disse.

Segundo Schuch, o veículo envolvido é do ano de 2006 e havia sido aprovado em vistoria realizada no início deste ano. Ele destacou que o ônibus passava por manutenções periódicas e que o motorista, embora terceirizado, era experiente e já havia conduzido outras viagens da instituição.

“Mesmo assim houve esse acidente. Então nós também fazemos essa pergunta: o que causou esse trágico acidente? Nós vamos buscar essas respostas junto ao laudo do IGP e do Comando Rodoviário da Brigada Militar, que vai se juntar à nossa investigação da universidade”, afirmou.

O reitor ainda anunciou que, por tempo indeterminado, estão suspensas todas as viagens institucionais com ônibus, micro-ônibus e vans da UFSM.

“Toda a comunidade está preocupada e consternada. Neste momento, é melhor suspender as viagens. Elas serão feitas apenas com serviço terceirizado das empresas através do registro de preços”, explicou.

A universidade informou que o acolhimento às vítimas e familiares segue sendo prestado no Colégio Politécnico da UFSM, com apoio de equipes multiprofissionais. O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) realiza uma busca para reavaliar a saúde física e emocional dos sobreviventes.

As aulas do curso técnico de Paisagismo seguem suspensas até, no mínimo, a próxima sexta-feira (11). O Colégio Politécnico organiza também uma semana de acolhimento para os demais cursos. A UFSM ressaltou que permanece mobilizada para prestar apoio a todos os envolvidos. A bandeira institucional segue a meio-mastro em sinal de respeito.

Sete feridos no acidente ainda permanecem internados em três hospitais. Na terça-feira, a última a receber alta médica foi Gabriela Dalcin Marques, que estava no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).

Na mesma unidade, outras duas pacientes seguem internadas, mas com quadro de saúde considerado estável. São elas Karina Vieira Dias Rego e Terezinha Maria Vendrusculo.

No Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria, estão hospitalizadas Denise Estivalet Cunha e Fernanda Gonçalves de Menezes.

Já no Hospital Bruno Born, em Lajeado, encontram-se os dois pacientes que ainda demandam maior atenção médica: Emerson Andrade dos Santos e Eliane Ravazi Matos. No local também está Marília Milani.

Relembre o acidente de ônibus

Um ônibus que transportava docentes e estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) se envolveu em um grave acidente no fim da manhã da última sexta-feira (4), no km 4 da RSC-453, em Imigrante, no Vale do Taquari. O grupo participava de uma visita ao cactário local. Sete pessoas morreram e das 26 que se feriram, sete permanecem internadas em hospitais.

O veículo, modelo VW/Comil Versatile, seguia no sentido Teutônia–Imigrante quando, perdeu os freios, saiu da pista pela esquerda e caiu em uma ribanceira, gerando bloqueio total da via.

Os detalhes do caso, como velocidade em que o coletivo estava no momento da queda na ribanceira, e problemas mecânicos, como defeito nos freios, vêm sendo investigados, bem a coleta de depoimentos de todos os sobreviventes.