O vereador Capitão Ramon (PL) voltou a cobrar do Poder Executivo Municipal sobre propostas de alterações no trânsito da Zona Leste de Caxias do Sul, reivindicando mudanças que, segundo ele, poderiam reduzir congestionamentos e melhorar o fluxo de veículos na região.
Entre as medidas propostas estão a transformação de diversas vias em mão única, a retirada de semáforos em pontos considerados críticos e a criação de novos acessos entre os bairros e a BR-116. Entre as ruas citadas nas indicações estão a Valentim Comerlato, Angelina Michelon, Sarmento Leite, Joaquim Franzoi e José Bisol — vias importantes para o deslocamento de quem vive na Zona Leste.
O parlamentar afirma que a Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade negou as solicitações apresentadas desde janeiro, considerando-as “inviáveis”. Segundo ele, o órgão alegou que estudos técnicos mostraram que as alterações não seriam adequadas.
Na avaliação do vereador, porém, o problema está mais relacionado à falta de vontade política do que a impossibilidades técnicas.
“Mandei essa solicitação desde janeiro e eles negaram tudo. Disseram que é inviável, que não daria para fazer, mas com certeza daria sim. Só precisaria de um pouquinho de boa vontade”, disse ele.
O vereador ainda relatou que a situação piorou após a implantação da rotatória na rua Bortolo Zani, nas proximidades do viaduto da BR-116, afirmando que o local “se tornou um ponto de constantes congestionamentos”.
As propostas apresentadas pelo parlamentar, segundo ele, têm como objetivo principal facilitar o deslocamento entre os bairros e o centro, bem como reduzir o tempo de espera dos motoristas na BR-116. Mesmo com a negativa do Executivo, ele afirma que pretende continuar reivindicando melhorias e destacou que a população da Zona Leste “sofre há anos com o trânsito travado”.
Procurado, o secretário adjunto de Trânsito, Alfonso Willembring, explicou que as indicações do vereador foram amplamente analisadas pela pasta.
“A indicação do vereador possui 12 propostas de alterações viárias. Foram analisadas item por item, com amplos relatórios sobre cada proposição. Tenho 14 páginas de informações sobre o tema, além de estudos sobre a capacidade das vias, o greide das pistas de rolamento e os gabaritos de manobras, principalmente nas esquinas”, detalhou Willembring.
Conforme o secretário adjunto, as análises foram conduzidas pela Diretoria de Mobilidade e pela Diretoria de Projetos da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade. A secretaria concluiu que, com base nesses estudos, as alterações sugeridas não apresentam viabilidade técnica.