
A mulher de 37 anos suspeita de participar da morte do ex-radialista Gilmar Francisco, 67 anos, em Balneário Gaivota, durante um assalto, foi presa. A informação foi confirmada pelo delegado Lucas Fernandes da Rosa nesta segunda-feira (17). A prisão, todavia, foi realizada no litoral catarinense na última quinta-feira (13). O companheiro dela, também apontado como autor do latrocínio, segue foragido. O crime aconteceu na Praia de Lagoinha, onde Francisco residia, no dia 1° de março. O casal era conhecido e frequentava a casa da vítima.
De acordo com o delegado, em depoimento, a mulher confessou estar na residência, junto do homem, no momento da morte de Gilmar, mas negou ter participado da execução. Ela teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e foi transferida para o Presídio Regional de Araranguá. A Polícia Civil segue buscas pelo segundo suspeito do latrocínio do ex-radialista.
Relembre o caso
Gilmar Francisco foi encontrado morto dentro do box do banheiro de casa com sinais de violência. A janela da casa estava arrombada e a perícia constatou que houve uma tentativa de forjar um suicídio, com uma corda no pescoço dele. Diversos móveis estavam fora do lugar e o ambiente desorganizado, indicando que os autores do crime procuravam algo específico. Entre os objetos roubados estavam uma televisão, um micro-ondas e o carro da vítima, um Toyota Etios (encontrado poucos dias depois em uma área de mata). Em uma publicação nas redes sociais, a filha do ex-radialista reforçou que o pai foi torturado até a morte.
Identificação dos criminosos
Os principais suspeitos de matar o ex-radialista Gilmar Francisco foram identificados ainda na quarta-feira, 5 de março, em Balneário Gaivota, litoral de Santa Catarina. O delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Araranguá, Lucas Fernandes da Rosa, afirmou que o casal havia sido detido e interrogado, mas, por já ter passado o período legal do flagrante, foi liberado. A Polícia Civil, então, solicitou prisão preventiva de ambos, com base em provas de autoria do crime. As buscas para localizar o co-autor do crime seguem no litoral catarinense.
Trajetória
Gilmar marcou sua trajetória no rádio da Serra Gaúcha, ficou conhecido por sua voz e carisma durante anos na Rádio Viva 94.5 FM. Residiu boa parte de sua vida no bairro Nova Vicenza, em Farroupilha, cidade onde foi sepultado. Ele deixou admiradores e colegas de profissão que lamentaram sua partida precoce. Ele ainda passou por mais veículos de comunicação na Serra e em Santa Catarina. Com irreverência e cantos, marcou época no rádio. No mês de fevereiro, visitou os estúdios da Viva em Caxias do Sul para um bate-papo com o amigo e comunicador Fabiano Pereira.