Guarda-vidas farão primeiro atendimento às mulheres que precisarem de ajuda - Foto: Jürgen Mayrhofer/Arquivo Secom
Guarda-vidas farão primeiro atendimento às mulheres que precisarem de ajuda - Foto: Jürgen Mayrhofer/Arquivo Secom

As guaritas de guarda-vidas no litoral do Rio Grande do Sul passarão a funcionar como pontos de acolhimento e orientação para mulheres vítimas de violência doméstica durante a Operação Verão Total 2025/2026. A medida prevê treinamento específico dos profissionais e a instalação de adesivos informativos nos locais de atendimento.

A iniciativa envolve a Secretaria da Mulher, a Secretaria da Segurança Pública e o Corpo de Bombeiros Militar, e será aplicada em praias, lagoas e balneários do litoral Norte e Sul do Estado.

Os guarda-vidas serão responsáveis pelo primeiro acolhimento, recebendo o relato da vítima e acionando a Brigada Militar, que fará o encaminhamento à delegacia mais próxima. Ao todo, 930 profissionais atuam na Operação Verão Total e receberão orientações específicas para esse tipo de atendimento.

As guaritas identificadas receberão adesivos que indicam o local como espaço seguro, além de informações sobre canais de denúncia. Por meio de um QR Code, as mulheres também poderão acessar a Delegacia Online da Mulher.

Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 16 balneários, sendo 12 no Litoral Norte e quatro no Sul. Inicialmente, o adesivo será instalado na guarita mais movimentada de cada praia. Esses pontos também passarão a constar em um sistema de georreferenciamento, que permitirá a localização precisa das guaritas por meio do site da Operação Verão Total.

Resposta rápida e acolhimento

Segundo o vice-governador Gabriel Souza, que coordena a Operação Verão Total, a iniciativa busca garantir resposta imediata a situações de risco, inclusive em ambientes de lazer.

“Casos de violência contra a mulher também podem ocorrer durante o veraneio. As guaritas estarão preparadas para acolher, orientar e acionar os órgãos de segurança”, afirmou.

A secretária da Mulher, Fábia Richter, destacou que o acolhimento será feito com empatia, cuidado e sem julgamentos, para que a vítima se sinta segura ao buscar ajuda. Já a secretária-adjunta da Segurança Pública, delegada Adriana Regina da Costa, ressaltou que a ação amplia o acesso das mulheres aos canais formais de denúncia.