Com nove registros, o Rio Grande do Sul registrou queda de 18,2% nos feminicídios em janeiro de 2023. Entretanto, do total, quatro ocorreram em municípios da Serra Gaúcha: três em Caxias do Sul e um em Garibaldi. Em pouco mais de um mês, a região praticamente já tem a metade do que somou em todo 2022 em relação ao crime.
A queda nos índices estaduais foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) poucos dias após o órgão divulgar que os feminicícios cresceram 10% em 2022. No ano passado, o Rio Grande do Sul registrou alarmantes 106 casos – uma mulher morta a cada 3,4 dias.
Destes 106 referentes a 2022, a Serra Gaúcha contribuiu com 11, sendo sete apenas em Caxias do Sul. Na média, a região computou 0,91 feminicídios por mês no ano passado. Em 2023, apenas em 42 dias, já foram 4. Como resultado, média de aproximadamente 2,5 por mês.
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O primeiro foi praticado ainda no primeiro dia do ano. Naiara Ketlin Pereira Maricá sofreu estupro e morreu a facadas cometidas por um homem que até então não conhecia. Cinco dias depois, Juliana Denise Ferreira, de 39 anos, foi assassinada grávida pelo marido, João Batista Silva de Souza, com golpes de machado.
No dia 21 de janeiro, mais um registro em Caxias do Sul. Dessa vez no bairro Centenário, Ellen Varela da Silva, de 26 anos, morreu ao levar um tiro na cabeça disparado pelo ex-companheiro, de quem havia se separado recentemente.
Por fim, em 22 de janeiro Garibaldi computou um feminicídio. Aos 24 anos, Claudete Mausolf morreu com golpes de faca dentro de casa, na rua Nova Portela, no bairro São José. O autor do crime, novamente, um ex-companheiro, por não aceitar o fim do relacionamento.
Em 2023, Caxias do Sul registrou, ainda, uma tentativa de feminicídio. Também na Serra, outro caso foi computado na cidade de Passo Fundo.
