Justiça

Réu é condenado a 52 anos de prisão por agredir homens a marteladas e enterrá-los vivos em Terra de Areia

Vítimas foram retiradas de casa, atingidas por golpes de martelo e enterradas vivas na altura do quilômetro 55 da BR-101

Réu é condenado a 52 anos de prisão por agredir homens a marteladas e enterrá-los vivos em Terra de Areia
Réu é condenado a 52 anos de prisão por agredir homens a marteladas e enterrá-los vivos em Terra de Areia

Um réu foi condenado a 52 anos de prisão, em regime inicial fechado, por duplo homicídio qualificado cometido em Terra de Areia, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, em 2021. O Tribunal do Júri ocorreu na última terça-feira (17) e selou o desfecho de um dos crimes que mais chocou a pacata comunidade local. O acusado, de 56 anos e que já estava preso, agiu junto de outros dois criminosos, não identificados.

De acordo com acusação do Ministério Público (MP), as vítimas – Marcelo Barbosa Jacintho e Paulo Henrique Freire de Oliveira – foram retiradas de casa, na Praia do Barco, em Capão da Canoa, atingidos por golpes de martelo no caminho entre os dois municípios do Litoral Norte e depois enterradas vivas na altura do quilômetro 55 da BR-101, já em Terra de Areia.

O homicídio teve como qualificadoras motivo torpe, já que o réu tem envolvimento com o tráfico de drogas e tinha interesse em ocupar os dois imóveis – duas casas, uma do lado da outra; recurso que dificultou a defesa das duas vítimas; emprego de asfixia, já que foram enterradas vivas; além de meio cruel, atingidas por golpes de martelo.

Atuaram pelo MPRS, na acusação, os promotores de Justiça Karine Teixeira e Francisco Saldanha Lauenstein, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição.

Para Karine Teixeira, “a comunidade de Terra de Areia, através dos jurados, deu uma resposta positiva para a sociedade ao condenar o autor de crimes bárbaros cometidos contra inocentes, sem envolvimento com crimes e que tiveram o azar de que traficantes tinham interesse nas suas residências”. Já o promotor Francisco Lauenstein, destacou que “pudemos ver em plenário, o sofrimento das famílias. Além das vítimas terem sido atingidas por golpes de martelo, elas foram enterradas de cabeça para baixo, ainda vivas. E tudo isso motivado pela expansão do tráfico no Litoral”.