PRAÇA
Local conta com alta movimentação diariamente (Foto: Eduardo Garcia/Grupo RSCOM)

Mais de três meses após um homem ter sido esfaqueado e morto na Praça da Matriz, em Farroupilha, seguem as reclamações relacionadas à presença de moradores de rua no local, considerado um dos principais cartões-postais da cidade.

Frequentadores do espaço público relatam situações recorrentes de perturbação, intimidação e até ameaças, atribuídas a alguns moradores de rua que permanecem na praça. Segundo os relatos, esse cenário tem afastado parte da população não apenas da Praça da Matriz, mas também de outros espaços públicos do município.

Em contato com a prefeitura de Farroupilha, foi informado que a área passa por monitoramento constante e que qualquer situação atípica ou suspeita deve ser comunicada imediatamente aos órgãos de segurança.

De acordo com a Administração Municipal, o acompanhamento é realizado de forma permanente por meio do Centro de Controle Operacional (CCO), em parceria com a Brigada Militar (BM), força de segurança responsável e capacitada para intervir em ocorrências, além de realizar o monitoramento preventivo do local.

Nos últimos meses, a Prefeitura também tem intensificado a presença no espaço, promovendo semanalmente ações e atividades na praça. As iniciativas buscam ampliar a circulação de pessoas, incentivar hábitos saudáveis, oferecer atividades de interesse da comunidade e facilitar o acesso da população a serviços públicos.

A Administração reforça a importância de que qualquer situação de risco ou movimentação suspeita seja comunicada imediatamente aos órgãos de segurança, tanto para possibilitar uma resposta rápida quanto para o devido registro da ocorrência.

Segundo o poder público, o município segue atento à situação, atuando de forma responsável e contínua, com foco no bem-estar e na segurança de toda a comunidade.

Assassinato na praça em setembro acendeu alerta

No dia 2 de setembro de 2025, Nélio Mota Silveira, de 31 anos, foi assassinado na Praça da Matriz. O crime ocorreu por volta das 19h e mobilizou equipes da Brigada Militar, que prenderam dois suspeitos em flagrante.

Na delegacia, os homens, de 35 e 40 anos, confessaram o crime. Segundo eles, a vítima estaria agressiva e tentando iniciar brigas com outras pessoas no local. Ainda conforme a polícia, naquele mesmo dia Silveira já havia se envolvido em outras confusões na praça.

Ele foi atingido por golpes de faca na região da cabeça. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas constatou o óbito no local.

Brigas, assistência e vulnerabilidade

Na época dos fatos, a reportagem de Leouve apurou que Nélio acessava os serviços da secretaria quando necessitava. Em alguns momentos chegou a aceitar ajuda do albergue, porém não permanecia. A última vez que ele esteve na casa de acolhimento foi em julho deste ano. Com relação ao comportamento com os profissionais do espaço, foi repassado que ele adotava uma atitude muito tranquila.