Rio Grande do Sul - A Polícia Civil de Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, investiga o caso de três adolescentes que consumiram medicação controlada na última quinta-feira (22). O caso veio à tona apenas nesta terça (26). O medicamento, de uso restrito, foi fornecido por um dos jovens, que já havia sido apreendido em 2023 por suspeita de planejar um ataque escolar.
Os envolvidos, com idades entre 16 e 17 anos, são alunos da Escola Estadual de Ensino Médio 9 de Maio. O incidente começou quando uma orientadora percebeu que um dos estudantes apresentava fala arrastada e sonolência, sintomas típicos de overdose de Alprazolam, um benzodiazepínico usado no tratamento de ansiedade. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e atendeu dois adolescentes, que foram encaminhados à Policlínica Municipal de Imbé, onde se recuperaram e passam bem.
Um terceiro jovem admitiu, durante conversa com uma professora, que foi ele quem forneceu os comprimidos aos colegas. Além disso, ele fez gestos de arma com as mãos em direção às costas da educadora, seguido de ameaças. Após o episódio, a mãe do adolescente decidiu levá-lo de volta para casa.
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O caso é investigado pelo delegado Rodrigo Nunes, titular da Delegacia de Polícia de Imbé. Ele instaurou um inquérito para esclarecer os fatos e, até o momento, não pediu a internação provisória do jovem. O delegado aguarda as oitivas para determinar se serão necessárias outras medidas.
Histórico do Caso e Investigações
Este não é o primeiro incidente envolvendo o adolescente acusado de distribuir o medicamento. Em abril de 2023, ele foi apreendido pela Polícia Civil e pela Brigada Militar, em Maquiné, após uma operação de emergência em sua residência. Na ocasião, foram encontradas fotografias e bandeiras nazistas, facas, soqueiras, fardas camufladas, toucas ninjas, luvas e armas de pressão. As autoridades descobriram que o jovem planejava atacar escola municipal.
Esse episódio, que ocorreu após a prisão de outro jovem envolvido em um possível ataque em Paraná, acendeu um alerta para o risco de ações semelhantes no estado gaúcho. Agora, com este novo episódio envolvendo o fornecimento de medicação controlada, as autoridades continuam monitorando de perto a situação e o comportamento dos envolvidos.
