Desde quarta-feira (1º), o Posto Médico Legal (PML) de Bento Gonçalves, vinculado ao Instituto Geral de Perícias (IGP), deixou de funcionar 24 horas e passou a atender apenas das 8h às 20h. A mudança, causada pela falta de efetivo, obrigará policiais da região a deslocarem-se até Caxias do Sul para a realização de exames fora do novo horário.
Os serviços do PML são fundamentais em casos de flagrantes, exames de corpo de delito, vítimas de violência sexual e ocorrências com mortes. Com a restrição, a coleta de provas e o atendimento imediato ficam comprometidos.
“Além das dificuldades criadas para os policiais civis, o deslocamento constante de uma cidade para outra gerará um custo significativo para as unidades policiais, que já lidam com grandes limitações orçamentárias”, destacou o diretor da UGEIRM, Rogério Ferreira Souza.
Impacto da Restrição no Atendimento
O sindicato alerta ainda que o IGP de Caxias do Sul terá de absorver as demandas de Bento Gonçalves, ampliando a sobrecarga.
“Seria necessário ao menos mais um médico-legista para dar conta da nova demanda”, afirmou o diretor regional do PML/IGP de Caxias.
Diante da situação, a UGEIRM informou que busca alternativas junto a diferentes órgãos.
“Já mantivemos contato com a Secretaria de Segurança Pública, solicitando a presença permanente de peritos em Bento Gonçalves e na região. Também procuramos a OAB e os Legislativos locais para que possamos, em conjunto, evitar um impacto tão severo no trabalho policial e na vida da população”, disse o diretor Juarez Danclair.