JUSTIÇA

Polícia prende professora que agrediu menino de 4 anos em escola de Caxias do Sul

A mulher foi presa em Palmeira das Missões, por volta das 10h30min, e irá responder por tortura qualificada

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A professora flagrada em vídeo agredindo um menino de 4 anos dentro da escola de educação infantil Xodó da Vovó, no bairro Cinquentenário, foi presa pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (22). A mulher foi presa em Palmeira das Missões, por volta das 10h30min, e irá responder por tortura qualificada.

A prisão acontece quatro dias após o caso vir à tona e gerar forte repercussão em Caxias do Sul e nas redes sociais. O episódio provocou indignação entre pais, familiares e comunidade escolar.

Relembre o caso

Na segunda-feira (18), um vídeo gravado pelas câmeras de segurança da escola mostrou o momento em que a professora retira uma pilha de livros de uma estante e agride a criança, que estava sentada em sala de aula junto a outros colegas. O golpe atingiu a nuca do menino, que acabou batendo nariz e boca na mesa. Ele sofreu ferimentos no rosto e danos em vários dentes.

Inicialmente, a educadora tentou justificar o ocorrido dizendo que a criança havia caído e batido a boca. No entanto, ao revisar as imagens, a direção constatou a agressão, afastou a funcionária e acionou imediatamente os pais e a polícia.

A criança foi encaminhada a atendimento odontológico, onde foi constatada a fragilidade de seis dentes. O menino deverá usar aparelho corretivo para tentar preservar parte da dentição. Ele também passou por exame de corpo de delito.

Posição da escola

O diretor da Xodó da Vovó, Cristhian Segatto Ferreira, afirmou que a instituição agiu com rapidez e transparência, reforçando que não houve tentativa de encobrir o episódio. “Graças a Deus a gente investiu em câmeras, foi um investimento bem alto, mas que nos salvou agora, porque senão ficaria naquela situação de versão contra versão. O que cabia à escola, nós fizemos: desligamos a professora, acolhemos a família, acompanhamos no boletim de ocorrência e demos todo o suporte possível”, declarou.

Ferreira destacou ainda que a escola possui 13 anos de atuação e reputação construída com seriedade, frisando que a responsabilidade é exclusiva da ex-funcionária.

Investigação

O caso segue em investigação pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Com a prisão da professora, a expectativa é de que novos detalhes sobre a ação policial e os próximos passos do processo sejam divulgados nas próximas horas.