CRIME

Polícia investiga versões e busca esclarecer caso de racismo em escola de Farroupilha

Delegado afirma que oitivas estão sendo realizadas e que criança vítima do ato racista deve passar por escuta especial

Polícia investiga versões e busca esclarecer caso de racismo em escola de Farroupilha Polícia investiga versões e busca esclarecer caso de racismo em escola de Farroupilha Polícia investiga versões e busca esclarecer caso de racismo em escola de Farroupilha Polícia investiga versões e busca esclarecer caso de racismo em escola de Farroupilha
FARROUPILHA
Foto: Eduardo Garcia/Grupo RSCOM

Farroupilha - A investigação de um ato de racismo ocorrido em uma escola estadual do interior de Farroupilha, segue por parte da Polícia Civil (PC). O caso se deu em 19 de maio, e o pai da vítima registrou boletim de ocorrência.

Uma mensagem anônima de um leitor do Portal Leouve afirma que um professor gritava ‘corre preto’ durante uma aula de educação física, para um menino de 12 anos, ato presenciado por outras pessoas.

Segundo a denúncia, o jovem continua frequentando as aulas, mas não recebeu nenhum tipo de acompanhamento psicológico. O professor também estaria aplicando as aulas normalmente.

“A turma inteira da criança presenciou as 60 voltas na quadra, o menino passar mal, e a escola não fazer nada. Aqui todos sabem exatamente o que aconteceu, pois 23 crianças presenciaram, e três crianças ouviram o professor falar”, disse a moradora.

Conforme a denúncia, uma professora teria dado um depoimento na delegacia e logo após, foi afastada, sem que os motivos claros fossem esclarecidos.

O delegado Fernando Cruz Alexandre confirmou que há o inquérito policial em andamento e que mães de alunos e professores já foram ouvidos.

“As investigações estão em andamento e o inquérito policial tramita em sigilo, mas o que se pode falar até o momento é que já foram realizadas algumas oitivas, inclusive de mães de alunos, de professores, a fim de confirmar o que de fato aconteceu. Essa versão que tem circulado de que o aluno teria sido obrigado a dar diversas voltas na quadra, por enquanto não se tem confirmado. A gente possui somente um relato neste sentido, de uma pessoa que ouviu dizer. Importante dizer que não tivemos nenhuma testemunha ocular deste fato, pelo menos até o momento”, afirmou a autoridade policial.

Os esclarecimentos, segundo ele, devem ser buscados com calma, para que assim se chegue no que de fato aconteceu na unidade escolar.

“Não temos notícias de intimidação da família. Caso a família esteja sendo vítima de alguma situação dessa, deve buscar a Polícia Civil, pra que a gente tome as providências. Esperamos que o inquérito policial seja concluído logo. A criança, em tese vítima, deve ser ouvida por um procedimento próprio, de escuta especial, e isso leva algum tempo para agendamento. Nós estamos tentando agilizar essa oitiva especial para podermos concluir o inquérito”, salientou Alexandre.

A coordenadora da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), Cristina da Silva Boeira Fabris, afirmou que o órgão está analisando o caso.